A primeira impressão é espetacular: entrar no colosso criado por Santiago Calatrava gera emoções fortes. O olhar é conduzido ao céu, e o topo da estrutura conta com uma longa claraboia que guarda um significado especial: todo dia 11 de setembro, às 10h28, o sol que entra pela abertura do Oculus divide ao meio a área do Westfield WTC e traz à memória os ataques terroristas que destruíram as Torres Gêmeas.
A brancura das paredes e do piso dão ao local uma aura sagrada, mas o Westfield WTC se recusa a ser chamado de templo do consumo. E com razão: esse empreendimento é muito mais que um lugar para consumir. Trata-se de uma nova experiência em varejo.
O Westfield WTC, fruto de um investimento de US$ 1,4 bilhão do grupo australiano Westfield, um dos maiores gestores de shopping centers do mundo, foi o foco da visita técnica realizada pela delegação BTR Varese na última segunda-feira, 16. Antes da visita propriamente dita, a delegação foi recebida pela equipe da Cisco, capitaneada pela VP de Entepriese Solutions da empresa, Inbar Lasser-Raab, que apresentou o conceito da empresa sobre conectividade e a importância de contar com uma infraestrutura segura, que permita agregar inteligência aos negócios e que cumpra a estratégia digital da companhia.
Em seguida, a CIO da Westfield, Denise Taylor, apresentou a revolução digital que a companhia implementou em seus shopping centers nos últimos anos. Um investimento de porte: US$ 11 bilhões ao longo de quatro anos para transformar a estrutura tecnológica dos malls e permitir que os clientes encontrem nos shoppings da empresa uma experiência que realmente una o digital ao físico.
O Westfield WTC reflete essa visão. Localizado no principal hub de transportes de Nova York, que interliga os trens e metrôs de toda a área metropolitana, o empreendimento considera os lojistas como parceiros de negócios e incentiva ações omnichannel, como o click & collect, para que os clientes vivenciem o shopping center mesmo sem ir fisicamente até ele.
Ao mesmo tempo em que o espaço físico do shopping se propaga para o mundo digital, recursos digitais são utilizados para estimular a compra física. O aplicativo da Westfield centraliza as ações digitais da marca e estimula o cliente a voltar a se relacionar com o empreendimento. O shopping também é remunerado pelas receitas geradas para as lojas por meio do app, um modelo que deverá se tornar referência para o setor.
Fonte: NOVAREJO