Empresa considera que os quatro meses até o fim do ano são prazo curto para a operação impactar nos resultados e no faturamento
Por Beatriz Olivon
A aprovação da aquisição da Extrafarma pela Pague Menosnessa quarta-feira (22), pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), permite que a empresa dê os próximos passos, mesmo que tenha sido imposta a condição de venda de oito unidades. A negociação já está praticamente fechada, o que deve permitir a operação conjunta a partir de 1º de agosto, segundo Luiz Renato Novais, CFO da Pague Menos.
A partir da decisão da autarquia, a empresa precisa concluir algumas questões administrativas e burocráticas para unir as operações, segundo Novais – processo que deve ser concluído ainda em julho. Mas questões contratuais devem levar a Extrafarma a funcionar como parte do grupo Pague Menos a partir de agosto, segundo o CFO.
A empresa considera que os quatro meses até o fim do ano são um prazo curto para a operação impactar nos resultados da Pague Menos e haver mudanças significativas no faturamento. “Muita coisa deve acontecer ao longo do ano que vem”, afirmou Novais
As primeiras ações previstas são o reforço nos estoques da Extrafarma. “Vemos a oportunidade de aumentar o sortimento de produtos. Também podemos melhorar a apresentação das lojas”, afirmou ao Valor. O uso da marca será mantido.
Por enquanto, seriam melhorias mais simples. A pretensão de reformar lojas é só para os primeiros dois anos da operação conjunta. “Há um grupo de lojas que precisa de investimentos mais rápidos e ajustes na parte estrutural, como mobiliário”, afirmou.
A imposição feita pelo Cade de venda de oito unidades já era esperada pelo CFO. Na sessão, o Cade aprovou, inclusive, o comprador das lojas. De acordo com Novais, já há um contrato vinculante assinado, faltam apenas questões administrativas para concluir a operação, como a separação societária das oito lojas do restante do grupo.
O Cade definiu que a Pague Menos não poderá comprar outras lojas nos mesmos municípios em que terá que vender: Russas, Canindé, Limoeiro do Norte, Aracati e Horizonte, no Ceará; Chapadinha e Codó, no Maranhão; e Caicó, no Rio Grande do Norte. Isso não impacta planos futuros de expansão, segundo Novais. “Geralmente, inauguramos lojas e para isso não há restrição do Cade”, afirmou. A aprovação torna o grupo a segunda maior rede de farmácias do país.
Fonte: Valor Econômico