A empresa de Jeff Bezos ficou na frente de Google e Facebook
Em 2020, a Amazon foi a maior compradora corporativa de energia renovável, seguida por Google e Facebook. A gigante petrolífera francesa Total ficou na quarta posição no ranking. Logo depois aparecem Taiwan Semiconductor Manufacturing e a norte-americana Verizon.
Os dados fazem parte do relatório “Perspectiva do Mercado Corporativo de Energia 2021”, elaborado pela BloombergNEF.
O estudo mostra que mais de 130 empresas, em setores que vão de petróleo e gás a big techs, fecharam a compra de energia limpa no ano passado. Juntas, elas compraram 23,7 gigawatts. No caso da Amazon, foram 35 contratos em 2020 – ao todo, a empresa adquiriu 7,5 gigawatts.
“As empresas enfrentaram uma onda de adversidade em 2020 – funções corporativas internas foram revolucionadas no início da pandemia, e muitas empresas viram suas receitas despencarem à medida que economias globais desabaram”, diz Kyle Harrison, principal autor do documento. “Os pontos de interrogação antes e depois das eleições nos Estados Unidos complicaram ainda mais a tomada de decisões de longo prazo para as empresas. Nessas condições, o mercado de aquisição de energia limpa não só se manteve, mas cresceu. É uma prova de quão importante é a sustentabilidade nas agendas de muitas empresas.”
Harrison afirma que 65 organizações aderiram ao RE100 (iniciativa corporativa global em prol da adoção de energia limpa) no ano passado, comprometendo-se a compensar 100% do consumo de eletricidade com energia limpa. Ao todo, 280 empresas fazem parte da iniciativa.
Segundo a Forbes, esse movimento tende a ficar mais forte porque o custo das energias eólica e solar está caindo. Além disso, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden está elaborando legislação e políticas para alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
Porque investir em energia limpa
Um dos pontos positivos de se investir em energia limpa é que ela gera empregos. Pelos dados do Clean Jobs America 2020, relatório patrocinado pela E2 e realizado pela BW Research, as vagas no setor cresceram 10,4% desde 2015. Fora isso, o investimento faz sentido do ponto de vista econômico e é bom para as marcas.
O Principles for Responsible Investment, que administra US$ 86 trilhões em ativos, quer que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) force as empresas a definir metas de redução de emissões em linha com o acordo climático de Paris. Os investidores dizem que os negócios serão recompensados pelos mercados.