Com um crescimento previsto entre 7,5% e 9% de faturamento em 2015, o setor de franquias no Brasil segue aquecido e apresenta oportunidades para quem deseja empreender, sobretudo, em momento de crise econômica. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor estima um aumento de 9% a 10% na quantidade de pontos de venda e de 8% no número de marcas no ano passado.
“A franquia é um negócio que, pela formatação e pelo apoio do franqueador, tem muito menor risco para o empreendedor”, diz Luis Henrique Stockler, sócio-diretor da empresa especialista em gestão de redes de varejo e franquias Ba Stockler. Ele participou do “Panorama Franquias 2016”, realizado pelo Grand Shopping com promoção do IDN – Inovação e Desenvolvimento de Negócios e do Diário do Nordeste.
Segundo o especialista, as franquias têm uma taxa de sucesso cinco vezes maior do que a de negócios independentes. E, durante as crises, o setor costuma crescer, afirmou Stockler na manhã de ontem, durante sua palestra, que ocorreu no próprio Grand Shopping, em Messejana.
Competitividade
Com o recente crescimento do número de empreendedores no País, impulsionado por pessoas que buscam alternativas ao fechamento de vagas no mercado de trabalho, o presidente do instituto de pesquisa Data Popular, Renato Meirelles, ressalta que em muitos casos essas pessoas não têm condições de competir com as grandes marcas e acabam fracassando com um negócio próprio.
“O que as franquias possibilitam, é ele (o empreendedor) ter o aprendizado e a força das grandes marcas ao mesmo tempo em que é dono do próprio negócio”, disse Meirelles, que também palestrou no evento. Para o presidente do Data Popular, uma das principais vantagens de abrir uma franquia é a oportunidade de começar um negócio com uma marca já consolidada no mercado. “Eu não tenho dúvida nenhuma de que a franquia é o caminho mais seguro para aqueles brasileiros que querem empreender”, diz Meirelles.
Se para o empreendedor a franquia pode representar um investimento seguro, para os shoppings, elas têm um papel fundamental para a consolidação do empreendimento. “Para um shopping que está nascendo é fundamental porque você consegue ter marcas bacanas, que as pessoas confiam e trazê-las para o cotidiano do consumidor”, diz Meirelles. Segundo Stockler, não raro cerca de 50% do faturamento de um shopping vêm exclusivamente das franquias.
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Grand Shopping
Segundo dados da ABF, Fortaleza é a 10ª cidade brasileira com o maior número de franquias, com 1,4% do total do País. Mas a expectativa é de crescimento neste ano, principalmente com a inauguração de novos shoppings na Capital. De acordo com o diretor presidente do Grand Shopping, Vitor Frota, várias franquias já confirmaram presença no empreendimento.
Outras já aprovaram o Shopping e estão em busca de investidores locais. A inauguração do empreendimento está prevista para o fim de abril. E já confirmaram presença, marcas como Lojas Americanas, O Boticário, Bob’s, Cacau Show, Le biscuit, dentre outras.
“Sabemos que tem muita gente que está saindo do seu emprego e está procurando oportunidades para investir”, diz Frota, que destaca o potencial do mercado brasileiro e, sobretudo, a força do comércio do Ceará.
“Alguns dados no Brasil mostram que o número de empregos informais está aumentando. Então, é em momentos como este que você começa a usar a criatividade para procurar novos negócios”, afirma Frota sobre o potencial que existe no desenvolvimento de uma franquia hoje.
Polo varejista forte
Cláudio Salum, sócio-fundador da Lumine, empresa contratada para administrar o Grand Shopping e responsável pela administração de outros 12 empreendimentos no País, se diz “bastante entusiasmado” com a nova operação, principalmente pela localização do Shopping.
“Nós estamos falando de um polo de varejo muito forte, que é Messejana, e o cearense é um povo com tradição varejista. A gente tem muita convicção de que, pela localização, pelo projeto muito feliz, e pela força desse mercado, o shopping vai ser mais um caso de sucesso aqui na cidade”, afirmou.
Em 41 mil metros quadrados (m²) de área construída, e 20 mil m² de área bruta locável (sendo 14.050 m² mais 6 mil m² reservados para uma expansão), o Grand Shopping terá 182 lojas; 21 lojas na praça de alimentação, com capacidade para mais de 600 pessoas; além de cinco salas de cinema.
Diário do Nordeste on-line – CE