7 de dezembro de 2015
Empresa avaliada em US$2,3 bilhões aposta no mercado brasileiro e em soluções tecnológicas: “os bancos não conseguem inovar”
No dia 27 de novembro de 2015, ocorreu a Black Friday, data em que as vendas eletrônicas cresceram 38% com relação ao ano anterior, segundo dados do Buscapé.
Para Jean Mies, Vice-Presidente Sênior para a América Latina da holandesa de soluções tecnológicas Adyen, isso é um sinal de que o brasileiro está cada vez mais disposto a abraçar novos métodos de compras e, por consequência, os serviços que a Adyen oferece.
No momento, somos a única empresa que conseguiu integrar tudo o que integramos. Ninguém hoje oferece todos os universos que oferecemos, nossa multicanalidade e nossos mais de 250 meios de pagamento, garante Jean. De acordo com ele, a companhia integra todas as formas de pagamento que os varejistas precisa, tanto para vendas físicas como para o comércio eletrônico inclusive bitcoins, em 187 moedas diferentes. Pra adicionar ainda mais complexidade, atuamos em vários segmentos da cadeia de valor de pagamentos, completa o executivo.
A empresa, criada em 2006, já está avaliada em US$2,3 bilhões, de acordo com dados de setembro deste ano, e tem o Brasil como um dos focos de investimento. O mercado brasileiro tem uma carência enorme e uma penetração de meios eletrônicos, e até mesmo de bancarização, muito baixa, afirma Jean, mesmo com a crise, continuamos extremamente otimistas com o mercado do país, que está em uma das nossas frentes de maior foco.
Entre os clientes da Adyen estão nomes como Arezzo, Facebook, Uber, Airbnb, Netflix, Spotify, O Boticário, Hering e outras grandes marcas, e Jean acredita que as parcerias são uma boa forma de atrair outros nomes. Por sermos uma empresa de tecnologia, estamos atentos às novidades do mercado. É por isso que fazemos parcerias com quem inova: Apple Pay e Samsung Pay, que está sendo lançado, são dois exemplos. A parceria mais recente foi firmada em outubro com a Hybris, empresa de soluções comerciais e de engajamento com o cliente no comércio eletrônico. Eles trabalham criando a plataforma de vendas online para as varejistas que não tiverem tecnologia própria, explica o executivo.
Mudanças
Bancos não são inovadores, não tem a possibilidade de atualizar sistemas e focar e m tecnologia e inovação. Por isso, nós seguimos essa opinião de que os bancos vão acabar perdendo terreno para empresas de tecnologia, como a Adyen, afirma Jean, que acredita que é uma questão de tempo até que as pessoas passem a confiar em soluções de pagamento tecnológicas. Vendo que é seguro e com a simplificação dos processos de pagamentos, os clientes tendem a adotar esses métodos, aposta.
Para ele, nem os cartões penetraram com força ainda no mercado brasileiro. Por aqui, tanto os bancos como as novidades tecnológicas ainda tendem a crescer, porque o mercado ainda está um passo atrás nesse sentido, comenta. Mesmo assim, ele acredita que, uma vez amadurecido, o brasileiro também passará a apostar em métodos mais novos, e a tendência é o universo bancário encolher. Não somos só nós, outras empresas atuam nesse sentido de oferecer um serviço ainda melhor do que o dos bancos, e que eles não conseguem acompanhar, completa.
InfoMoney – SP