Levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta um volume inédito no fechamento de lojas do varejo. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, até outubro deste ano, houve queda de 9,1% no número de estabelecimentos comerciais com vínculo empregatício no Brasil, em relação ao mesmo período do ano passado desempenho inédito em mais de uma década desse indicador, historicamente associado ao comportamento das vendas.
Em termos absolutos, o varejo perdeu 64,5 mil estabelecimentos comerciais na média dos últimos 12 meses. O segmento de hiper e supermercados, responsável por 32,6% das lojas em operação liderou a queda, com a extinção de 15,5 mil pontos de vendas. Em seguida, vieram os segmentos de vestuário (-9,7 mil) e de materiais de construção (-9,5 mil).
Outros indicadores do setor também apontam para pisos históricos no final de 2015. O nível de ocupação varejo, por exemplo, contabiliza o fechamento líquido de 113 mil vagas no varejo nos últimos meses encerrados em outubro e a CNC acredita que esse número poderá chegar a inéditos -200 mil postos ao final do ano. A deterioração das condições de consumo em função da inflação e juros elevados, somados à queda na confiança de empresários e consumidores impõe um cenário desalentador para o varejo, pelo menos no médio prazo, afirma o economista da CNC, Fabio Bentes.
Diante deste cenário, a Confederação vem revisando suas projeções para o fim de 2015. A expectativa da CNC para o PIB do comércio aponta uma queda de 8,0% em relação a 2014 e o volume de vendas do varejo restrito deve recuar 4% em relação ao ano passado.
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