Prefeita diz buscar parcerias com empresas para revitalizar outras áreas. Com 68 mil m², Parque das Artes será mantido pelo Ribeirão Shopping.
Após inaugurar um parque público com investimento de R$ 3 milhões da iniciativa privada, a prefeita de Ribeirão Preto (SP), Dárcy Vera (PSD), afirmou que busca parcerias com empresas para tirar do papel antigas promessas de revitalização de outros centros de lazer municipais.
Entre eles estão os parques Roberto de Mello Genaro, fechado há dois anos e sete meses, após um deslizamento de pedras, o Doutor Rubem Cione, cujas obras de construção estão paradas há quatro anos, e o Tom Jobim, deteriorado pela falta de segurança e manutenção.
“Nós procuramos, mas ninguém tem disponibilidade, principalmente neste momento. Nós fizemos propostas para os terminais de ônibus, que até hoje não foram feitos. A prefeitura está aberta para convênios. Quem quiser assumir parques, praças, pode nos procurar”, disse Dárcy.
A declaração ocorreu nesta quarta-feira (15) durante a reinauguração do Parque Doutor Fernando de Freitas Monteiro da Silva, o Parque das Artes, cujo projeto de reestruturação foi totalmente bancado pelo grupo Multiplan, administrador e controlador do Ribeirão Shopping.
Com 68 mil metros quadrados, a área de de lazer no bairro Jardim Nova Aliança ganhou uma nova pista de corrida e caminhada com 1,5 mil metros de extensão, quatro praças de convivência cobertas, espaço para food trucks, banheiros com acessibilidade, base para a Guarda Civil Municipal e iluminação com lâmpadas de led, que consomem menos energia.
Situação bem diferente dos parques Tom Jobim e Roberto Jábali, o Curupira, onde a maioria dos postes de iluminação estão quebrados ou com lâmpadas queimadas. A reclamação dos usuários se repete há dois anos: fazer caminhadas ou praticar exercícios nesses locais durante a noite é praticamente impossível.
Com 40 mil metros quadrados gramados, o Parque das Artes também conta com árvores nativas, como ipês, cedros e resedás, canteiros de jasmins e azaleias, além de três lagos artificiais. O projeto paisagístico destoa, por exemplo, do que é encontrado atualmente no Parque Roberto de Mello Genaro.
Interditado desde outubro de 2013, a área no Jardim Sumaré é o retrato do descaso público: vizinhos contam que torneiras e lâmpadas do local foram furtadas, e que andarilhos e usuários de drogas pulam os muros com frequência para dormir dentro do parque.
A Prefeitura nega a falta de segurança e informa que a Secretaria de Infraestrutura trabalha na limpeza e conservação. Para Dárcy Vera, parcerias público-privadas poderiam acelerar projetos de revitalização e garantir a manutenção desses locais.
“Estou há oito anos pedindo o Parque das Artes para a Multiplan. O parque é muito grande, não dava a impressão dessa dimensão, o investimento é muito alto. O problema é: quem tem condições de fazer um investimento como esse? Tem que ter parceiro, e falta parceiro”, disse.
http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2016/06/ribeirao-preto-ganha-parque-publico-de-r-3-milhoes-da-iniciativa-privada.html