Ideia é que empreendedor consiga complementar renda com venda de produtos sem sair de casa
Uma dificuldade enfrentada pelos franqueados durante a pandemia inspirou um novo modelo de negócios para a Nutty Bavarian: a venda direta da linha de industrializados via iFood. A novidade foi revelada em primeira mão a Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
No início da quarentena, os franqueados não conseguiam acessar o quiosque nas dependências dos shopping centers, que estavam fechados, e foram autorizados pela marca a levar a panela para cozinhar os produtos em casa e vender por aplicativo. A Nutty Bavarian tem contrato de exclusividade com o iFood.
No entanto, o equipamento das lojas precisa de uma estrutura específica, que nem sempre é possível montar em uma cozinha residencial. Dessa forma, a saída foi permitir que os franqueados vendessem a linha de produtos industrializados da marca, feitos para o varejo e o e-commerce. Com isso, viram uma oportunidade de negócio: por que só franqueados?
A sócia-diretora da rede, Adriana Auriemo, conta que foi pesquisar a razão de outras marcas não permitirem que Microempreendedores Individuais (MEI) vendessem os produtos a partir de suas casas, e o problema sempre era a necessidade de ter uma cozinha. “O nosso item já está pronto, tiramos essa barreira.”
A modalidade vem sendo testada internamente desde meados de 2020 e agora será lançada para o mercado. A ideia é cadastrar, a princípio, cerca de dez pessoas, para testar o modelo em diferentes regiões – por enquanto, a prioridade será São Paulo, pela proximidade com a sede da empresa.
Auriemo conta que, na primeira fase, o intuito é buscar prioritariamente por pessoas do grupo de risco para a Covid-19, que ainda estejam em isolamento social mais rigoroso e que queiram complementar a renda com a venda dos produtos.
A divulgação para a coleta de cadastros iniciará em fevereiro. Após ter o formulário aprovado pela marca, o MEI deve realizar uma compra inicial de 12 itens de cada um dos produtos – são seis sabores em três tamanhos diferentes. A partir daí, já é possível abrir uma loja com a marca Nutty Bavarian no iFood e atender às chamadas na região. A marca dará todo o suporte no processo.
Também não é necessário ficar restrito ao aplicativo de delivery. O microempreendedor pode girar o produto na rede de contatos, via WhatsApp, por exemplo. “Nosso objetivo, por enquanto, é ser uma renda extra. O MEI também pode abrir outras lojas virtuais e vender produtos complementares, de outras marcas”, diz a empreendedora.
A empresa espera ter, pelo menos, 50 empreendedores neste novo canal de venda até o final do ano. Auriemo afirma que a operação será acompanhada de perto, para verificar se os produtos são entregues corretamente e se o revendedor consegue boas avaliações no aplicativo.
A ideia é limitar as áreas para não sobrepor regiões atendidas pelos franqueados atualmente. Mas, no futuro, o objetivo de Auriemo é que as unidades também participem e até se tornem fornecedoras destes microempreendedores, a exemplo do que acontece hoje na Cacau Show. “Se o franqueado quiser montar uma frente para fornecer para os revendedores, ele poderá.” Atualmente, a Nutty Bavarian tem 109 unidades franqueadas em operação.