O aumento do número de mulheres em cargos de liderança, como gerentes ou diretoras, passou a ser uma das metas de remuneração variável dos executivos do Pão de Açúcar.
O grupo varejista Pão de Açúcar, comandado por Ronaldo Iabrudi, encontrou uma forma para que mais mulheres alcancem cargos de liderança.
O aumento do número de mulheres em cargos de liderança, como gerentes ou diretoras, passou a ser uma das metas de remuneração variável dos executivos do Pão de Açúcar.
Em 2014, o Pão de Açúcar contava com 20,2% dos postos de liderança ocupados por mulheres. No primeiro semestre deste ano, o índice estava em 24%. A meta, até o fim de 2016, é 24,2%.
“Essa é uma forma de dar visibilidade ao tema”, afirma Patrícia Cansi, diretora de relacionamento com o cliente do Pão de Açúcar e membro do Comitê de Mulheres, criado em 2014. “Todos os meses os altos executivos passam a falar sobre esse assunto.”
O Pão de Açúcar é um dos maiores empregadores privados do País, com 130 mil funcionários. Deste total, 48% são mulheres. A medida vale para todas as empresas do grupo, incluindo ViaVarejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, e Cnova, que opera as operações online.
O Comitê de Mulheres também está envolvido em uma série de iniciativas para melhorar o ambiente de trabalho para as mulheres.
De acordo com Patrícia, o objetivo é “trabalhar a liderança feminina, para dar empoderamento às mulheres, mas também os homens, para entenderam que isso não traz prejuízo para o trabalho deles.”
A pesquisa International Business Report – Women in Business, que avalia 36 países, mostra que o percentual de mulheres em cargos executivos é de 19% no Brasil.
A média dos 36 países avaliados é de 24%. O País com mais mulheres em cargos executivos é a Rússia, com 45%, seguida da Filipinas, com 39%.