Na primeira oferta, a Revolve arrecadou US$ 212 milhões, enquanto o Global Fashion Group, da Dafiti, espera levantar em torno de US$ 300 milhões.
Em movimento recente acelerado pela abertura de capital da Farfecht, outros ecommerce de moda decidiram fazer IPO. Na semana passada, a Revolve Group Inc., com sede na Califórnia, conseguiu levantar US $ 212 milhões em sua oferta pública inicial na Bolsa de Nova York. Na próxima semana, em 27 de junho, começam as negociações das ações do Global Fashion Group na Bolsa de Valores de Frankfurt. A companhia estima arrecadar em torno de US$ 300 milhões com a operação.
Em ambos os casos, as empresas buscam recursos para suportar um novo ciclo de crescimento. Fundada em 2003, a Revolve comercializa roupas e outros itens de moda para mulheres na faixa dos 20 aos 30 anos. No ano passado, a empresa de ecommerce registrou vendas líquidas de US$ 499 milhões e lucro líquido de US$ 31 milhões. A empresa vem crescendo apoiada em estratégia de marketing baseada em influenciadores digitais. Começou com os blogueiros de moda e depois migrou para o Instagram, onde mantém uma rede de 3,5 mil influenciadores. A estratégia inclui participação em festas extravagantes ou eventos para jovens como o Coachella.
Em linhas gerais, o prospecto de IPO da revolve cita que os recursos levantados servirão para o aumento do investimento em marcas próprias (atualmente são 21) e o avanço das operações internacionais. Além dos Estados Unidos, a Revolve tem site de vendas para atender consumidores do Reino Unido. Também não descarta no longo prazo vir a incluir produtos para homens.
O número médio de visitantes únicos do site subiu de 7,3 milhões em 2017 para 9,4 milhões em 2018. Mas, nesse período o ticket médio de compra recuou de US $ 304 para US $ 279. A empresa vende roupas, acessórios e outros itens de 500 marcas no total, movimentando 45 mil produtos.
GFG BUSCA NOVOS CLIENTES E MAIS TECNOLOGIA
Dono dos marketplaces Zalora, The Iconic, La Moda e Dafiti, o Global Fashion Group pretende usar os recursos de IPO para investir na sua plataforma de tecnologia, aquisição de clientes e infraestrutura de atendimento e entrega. Em comunicado ao mercado, a empresa declarou que interessa ainda reforçar a posição “destino de moda e estilo de vida nos mercados em crescimento”. Atualmente, tem operações em 17 países da Ásia-Pacífico, América Latina e Comunidade dos Estados Independentes (como Rússia, Armênia, Ucrânia, entre outras repúblicas).
O grupo varejista online foi criado em 2011. Comercializa em torno de 10 mil marcas. A receita líquida em 2019 deverá chegar a € 1,3 bilhão. E detinha 11 milhões de consumidores.
Fonte: GBL Jeans