Novo modelo de negócios abriu as portas em janeiro e pode ser escalado por franquias. Atualmente, a rede conta com 95 operações, entre cafeterias e quiosques
A rede argentina Havanna, conhecida pelos alfajores e doces de leite, já tem mais de 95 pontos em operação no Brasil, entre cafeterias e quiosques. Agora, inaugura um novo modelo para levar uma experiência mais premium para os clientes. O modelo será testado e há possibilidade de novas inaugurações no futuro. Atualmente, a Havanna está em 12 países, com cerca de 2,5 mil pontos de venda.
A nova loja conta com dois andares, 145 metros quadrados e arquitetura premium, elaborada pela empresa AVR Studio Arquitetura, liderada por Adriana S. Villela. A cor amarela, que é bem presente nas lojas da rede, sai de cena e dá lugar a tons mais sóbrios, como cinza e preto. A logomarca da Havanna fica restrita à fachada e em contornos mais vintages.
A loja está situada na Praça Vilaboim, point de alunos das universidades FAAP e Mackenzie no bairro Higienópolis (São Paulo). O local conta com maior número de poltronas, mesas e cadeiras; mesa comunitária; acesso à internet; e pontos de energia para carregar tablets e celulares. A ideia é que a loja possa se tornar um ponto para encontros casuais e reuniões de trabalho.
A marca comenta que os produtos vendidos serão os mesmos das outras unidades, que vão dos tradicionais alfajores a cafés, empanadas e panetones. O objetivo é atender um novo anseio do consumidor por experiências mais completas em restaurantes e cafeterias.
Experiência e lojas maiores são tendências
Dentro do mercado de food service, o nicho que envolve a Havanna (chamado de Quick Service – Fast Food, Cafeterias e Lanchonetes) é um dos que mais cresceram no Brasil entre 2014 e 2018, de acordo com um levantamento elaborado pela Consultoria Galunion, com informações da Euromonitor e da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (Abia).
O crescimento anual no período foi de 7,3% e as projeções para os anos entre 2019 e 2023 também são otimistas, em cerca de 3,6%. O faturamento do nicho em 2018 foi de R$ 28,5 bilhões.
Esta primeira operação no novo layout é uma franquia. “A expectativa da rede é observar a aderência do novo modelo entre o público para, em seguida, escalar”, explica Diego Schiano, diretor da Havanna no Brasil. Ele não revela qual foi o investimento no novo modelo de loja, mas diz que o valor mínimo necessário para ter uma franquia da Havanna é R$ 434,5 mil. O modelo menor, de quiosque, custa a partir de R$ 342,5 mil.
O presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), André Friedheim, mencionou na divulgação da prévia dos resultados de 2019 que uma das apostas do setor para este ano é a retomada da abertura de operações de maior porte. As microfranquias e modelos enxutos dominaram as inaugurações nos últimos anos.
Há alguns anos, a Cacau Show investiu em um novo modelo de lojas mais premium, mas com proposta para shopping centers. No final do ano passado, o McDonald´s abriu o Méqui1000, na Avenida Paulista.
Fonte: PEGN