Desde janeiro, setor fez 106 fusões e aquisições; quem está com boa saúde financeira tem aproveitado liquidez e juros baixos para fazer negócios
Por Raquel Brandão
As fusões e aquisições no varejo estão aceleradas neste ano. E esse movimento intenso não deve perder ritmo tão cedo, segundo especialistas. De 1º de janeiro até 15 de julho, o número de operações saltou 63% na comparação com mesmo período de 2020, indo de 65 para 106 transações. Os dados são da consultoria espanhola TTR (Transactional Track Record).
Há crescimento de 60% também comparado ao mesmo intervalo em 2019, quando ainda não havia pandemia da covid-19. Naquele ano, de janeiro a meados de julho, foram 66 transações. Ainda de acordo com o levantamento da TTR, o maior volume de negócios levou o setor de distribuição e varejo ao quarto lugar como o mais ativo em transações, ficando apenas atrás de tecnologia, do setor financeiro e de seguros, e da área de saúde.
Na visão de Leonardo Dell’Oso, sócio da consultoria PwC, quem está com boa saúde financeira e caixa entendeu que esse é o momento de fazer movimentos estratégicos, uma vez que há liquidez no mercado e os juros básicos ainda baixos. São compras de concorrentes, ativos em novas categorias ou verticalização. “São M&As [fusões e aquisições] tanto para concentração de mercado, quanto para tornar o negócio mais forte e mais perene”, diz.
Fonte: Valor Econômico