Elene Veguin e Julia Sentelhas fundaram a Artéria, que tem loja própria em São Paulo, e negocia parceria com uma fábrica em Portugal para troca de mercadorias
Antes mesmo de se formar em design de moda na Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, em 2008, as sócias Elene Veguin e Julia Sentelhas, ambas com 32 anos, tinham duas certezas: queriam empreender juntas e fugir a todo custo da febre do fast-fashion que começava a dominar a indústria — um modelo que prevê a troca constante de coleções nas vitrines.
Depois de conquistar o público brasileiro com suas peças, passaram a se concentrar no mercado externo. Com o auxílio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), as sócias passaram a participar de feiras internacionais. “Temos especializações na Polimoda, na Itália, e na London College of Fashion. Isso também ampliou nosso networking e divulgou a produção no mercado internacional. Tudo ocorreu de forma orgânica”, diz. Com ofertas em cinco idiomas (português, inglês, francês, chinês e espanhol), o e-commerce já embarcou produtos para destinos como França, Bélgica, Reino Unido, Itália, Grécia, Japão, Kuwait, Malásia, Taiwan e Cingapura.
Agora, a marca, que tem loja própria em São Paulo, negocia parceria com uma fábrica em Portugal para a produção e a montagem de um centro de troca de mercadorias. “A exportação ainda envolve problemas logísticos: é muito difícil fazer uma troca de produto. Com um ponto físico na Europa, consigo resolver esse problema”, diz Elene.
Lojas virtuais que já nascem com foco no comércio exterior, alcançando rápido crescimento no cenário global: essa é uma das maiores tendências do e-commerce brasileiro, segundo Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail. A ideia é virar o jogo, imitando o que os chineses fazem tão bem: vender em grandes volumes para os cinco continentes. As estratégias incluem lojas virtuais que conversam em várias línguas e posicionamento do produto em plataformas no exterior, como a chinesa Tmall.
Fonte: PEGN