Por Redação | Em um passado não tão distante, produtos de marca própria eram vistos como “de qualidade inferior”. Com clientes cada vez mais exigentes e dispostos a comprar pensando não só no preço, mas também no diferencial, embalagens estampadas com nomes de varejistas precisam contar com uma ajuda extra no convencimento. Porém, mesmo com desafios a serem vencidos, as perspectivas de futuro são positivas e grandes empresas já investem nesse modelo de negócio.
“As marcas próprias estão evoluindo de maneira acelerada, impulsionadas pela pandemia, que serviu de laboratório sensorial. O grande desafio é manter a qualidade e continuar fazendo com que esses produtos estejam presentes no carrinho dos consumidores. Mas não basta uma estratégia de marketing agressiva para isso, o trabalho começa antes da exposição na gôndola: com estudos para aprimoramento do que está sendo oferecido e análise de comportamento do público”, pontua Antônio Sá, especialista em varejo e sócio-fundador da Amicci, empresa de desenvolvimento & gestão de marcas próprias.
Segundo Sá, é necessário apostar em estratégias “fora da caixa” para conquistar o coração da população. “É preciso analisar o que a concorrência está fazendo e pensar em criar uma linha inovadora, que tenha um diferencial evidente”, diz.
Outra opção é investir em embalagens atrativas e que aproveitem as tendências do momento, considerando memes e assuntos em alta na Internet. Para isso, a empresa deve ficar atenta, a fim de não perder o timing. Um exemplo é a maior rede varejista do Brasil, Carrefour, que aproveitou o sucesso de Os Vingadores para lançar, com apoio da Amicci, produtos lácteos temáticos. Além de trazer uma embalagem especial licenciada da Marvel, o produto atende aos critérios de saudabilidade do Carrefour e da Disney.
Diferencial
“As empresas devem acompanhar de perto as dores dos consumidores, mas também assuntos de interesse para poder desenvolver produtos únicos. É fundamental ouvir o que querem e criar em cima disso, acho que essa é a estratégia mais eficiente”, opina Sá.
Com isso, a empresa espera melhorar a experiência do usuário, com um olhar atento à jornada dos compradores também para a marca própria, sem muitos intermediários pelo caminho, contando apenas com a parceria com fornecedores locais.
Fonte: Super Varejo