Comércio de SP enxerga ajustes na economia com novo governo

A confirmação do impedimento da agora ex-presidente Dilma Rousseff, anunciada agora a pouco pelo Senado, é sinal de boas perspectivas, segundo o varejo paulista representado pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). “Com o fim do processo de impeachment, o desafio do novo governo é melhorar o ambiente de negócios, resgatando a credibilidade e a atratividade da economia brasileira para os investidores internos e externos”, disse a Federação em nota.

Segundo a FecomercioSP, o novo governo pode abrir perspectiva inédita de reformas necessárias para o ajuste econômico, pois não terá nenhum compromisso político, a princípio, de reeleição. “Portanto, estará isento de pressões para tomar as medidas, muitas vezes, impopulares”.

A Federação defende que o novo Governo tenha como prioridade uma agenda de reformas fiscal, da previdência e política, “além de um novo processo de privatizações, ainda mais ousado do que o ocorrido na década de 1990”.

Para a Federação, “é fundamental que o governo se conscientize, que sem ajustar o tamanho do estado com a real capacidade contributiva da sociedade, a economia brasileira será incapaz de alcançar o crescimento sustentável”, afirmou a Federação. “O governo deve abrir mão do caminho da conveniência de aumento de impostos e buscar reduzir drasticamente os gastos públicos por meio de um projeto de longo prazo”.

A busca pela convergência para uma meta factível de inflação ao seu centro, de acordo com a FecomercioSP, deve ser reiteradamente buscada e demonstrada, por meio da reorganização das finanças públicas e reversão da trajetória ascendente da relação dívida / PIB.

“Para atrair investimentos, o governo terá que acelerar o processo de concessões, estimulando investidores nacionais e internacionais a ampliar suas apostas no Brasil. A adoção de marcos regulatórios, juridicamente seguros, ágeis e atrativos reduziria a burocracia e criaria condições e garantias duradouras para o investidor acreditar no País”.

Embora as circunstâncias conjunturais estejam indicando que este ano o PIB ainda apresentará queda de 3,5%, a FecomercioSP acredita ser provável que já em 2017 a melhoria das expectativas e por consequência dos investimentos propicie um crescimento econômico ao redor de 1,5%.

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