“A revisão da decisão do governador é positiva não apenas em termos econômicos, mas para a própria segurança dos consumidores e lojistas do setor para as compras do fim de ano”, diz a FecomercioSP
Anunciada nesta sexta-feira (11) pelo governo paulista, a ampliação do horário de funcionamento do comércio estadual de 10h para 12h diárias foi bem recebida pelas associações do varejo. A ampliação era um pleito da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que defende que uma maior faixa de horário de atividade tende a reduzir o risco de aglomeração nas lojas.
“No entendimento da Federação, a revisão da decisão do governador é positiva não apenas em termos econômicos, mas para a própria segurança dos consumidores e lojistas do setor para as compras do fim de ano”, diz a FecomercioSP em nota. Apesar da ampliação, o horário de funcionamento permanece limitado até às 22h e a capacidade máxima de consumidores dentro do estabelecimento segue em 40%.
A FecomercioSP argumenta que a restrição mais rígida das atividades do varejo no Estado de São Paulo gerou perda de 91.164 empregos celetistas no comércio entre janeiro e outubro de 2020. “E causará, apenas às atividades varejistas restringidas, como lojas de vestuário, eletrodomésticos e eletrônicos, móveis e concessionárias de veículos, uma perda estimada de cerca de R$ 27,4 bilhões no ano”, completa.
Ablos
A Ablos, entidade que representa os lojistas satélites de todo país, afirma que a ampliação do horário de funcionamento do comércio deve ser favorável às marcas de vestuário, calçados e acessórios, mas disse não concordar com a restrição para bares e restaurantes que poderão vender bebidas alcoólicas somente até às 20 horas.
Em nota, a Ablos diz que a medida pretende diminuir as aglomerações durante as compras de Natal e pode ser um incentivo para levar os consumidores aos centros comerciais e, assim, “promover um melhor desempenho nas vendas de dezembro”.
Fonte: Valor Econômico