Depois de prever que a Amazon começaria a vender mais do que livros no Brasil a partir de julho deste ano, o BTG Pactual agora diz que a empresa adiou a operação para o início de 2018.
Num relatório para clientes distribuído por volta da meia-noite, os analistas Fabio Monteiro e Luiz Guanais escrevem:
“Recentemente, confirmamos que a Amazon está claramente tomando o próximo passo no Brasil, passando da venda de kindles, e-books e livros para uma plataforma de marketplace inicialmente focada em celulares e outros produtos eletrônicos, usando alguns vendedores com maior escala e níveis médios de serviço acima da média.”
“No entanto, a empresa enfrentou recentemente algumas questões relativas ao nível de serviço na operação de marketplace de livros no Brasil, incluindo questões de pós-venda e logística, e por causa disto tem sido muito diligente na seleção dos parceiros certos (vendedores, operadores de logística e fulfillment). A Amazon também está contratando mais e mais especialistas em fulfillment e marketplace.”
“Inicialmente estimado para entrar no ar em junho/julho deste ano, a Amazon já adiou seu projeto de expansão para setembro e, mais recentemente, decidiu mudar o início da plataforma de marketplace para o começo de 2018.”
Os analistas dizem que a Amazon “inicialmente deve operar apenas como uma plataforma de marketplace, como faz na Índia, usando terceiros para entregar seus produtos e monitorando o processo, em vez de gastar milhões para construir sua própria estrutura inicialmente.”
Projeções à parte, o relatório do BTG, de 25 páginas, é um guia útil para o investidor que quer entender o negócio brasileiro da Amazon no contexto das operações globais da companhia.
Em 28 gráficos e tabelas, os analistas mostram o histórico de aquisições e lançamentos de produtos da Amazon nos EUA, comparam os serviços que a empresa oferece em cada um de seus maiores mercados internacionais, comparam o tamanho dos principais mercados de e-commerce e suas taxas de crescimento, e, num apêndice, listam até o número de ‘fulfillment centers’ que a Amazon tem em cada País. (No Brasil, há apenas um.)
Fonte: Brazil Journal