Dentro do franchising brasileiro – que apresentou crescimento de 5,9% no faturamento do segundo trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) -, o segmento de “Saúde, Beleza e Bem-Estar”, segue com seus tradicionais bons resultados e puxou a média para cima, somando 6,6% de crescimento na mesma base de comparação.
Cada vez mais concorrido, o mercado brasileiro é o maior consumidor de perfume mundial em volume e segundo maior valor financeiro. Segundo dados da empresa de pesquisas Euromonitor International, as vendas do setor de produtos de beleza e cuidados pessoais alcançaram R$ 109,7 bilhões em 2018, uma alta real (descontada a inflação) de 1,53% em relação ao ano anterior.
Diante de tantos desafios, a Água de Cheiro, marca de origem mineira e hoje sediada em São Paulo, lança um novo modelo de loja: em container. A primeira unidade será inaugurada em Santa Catarina ainda este ano. De acordo com o diretor da Água de Cheiro, Olindo Caverzan Junior, o objetivo é fechar 2020 com cerca de 50 unidades negociadas. O investimento médio para a abertura da unidade é calculado em R$ 119 mil.
“Vi o modelo nos EUA e Europa essa modalidade. No Brasil começou a se tornar comum em lugares mais fora dos grandes centros no segmento de alimentação. Pensamos que além dos modelos tradicionais, precisávamos ter algo diferente. A loja de 15 m² aparece como uma alternativa aos dois modelos que a marca já trabalha – quiosque e loja completa. O container é interessante pela inovação, pelo custo mais baixo e comportar um serviço de manicure também. É um modelo híbrido entre o ponto entrega de produtos e ponto de serviço”, explica Caverzan Junior.
Atualmente, a Água de Cheiro tem 141 operações e a meta para o fim de 2019 é ter 190. Para 2020, o objetivo é dobrar esse número. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte são as prioridades. Minas Gerais aparece como segundo maior estado consumidor da marca, atrás apenas de São Paulo.
“Minas Gerais e Belo Horizonte são grandes mercados e onde a marca nasceu, então existe uma questão emocional também. Além disso, tem uma demanda de consumidores por produtos Água de Cheiro. É uma marca que não tem ‘dislike’, apesar dos problemas que passou no passado. Assumimos a marca em 2016 e reorganizamos os franqueados e estruturamos o negócio até 2018. Agora chegou o momento de darmos velocidade à expansão. A expectativa é de que Minas Gerais concentre entre 20% e 30% das inaugurações do ano que vem”, destaca o diretor da Água de Cheiro.
O mix é composto por 400 produtos em seu portfólio, a Água de Cheiro trabalha com linhas próprias e produtos fashion brands mundialmente conhecidas. A internacionalização da marca – embora -muitas consultas sejam feitas por potenciais investidores – ainda não aparece nos planos da empresa.
“O Brasil é muito grande e estamos fazendo as coisas com calma. A Água de Cheiro chegou a ser muito maior do que é hoje e agora que reorganizamos o negócio queremos nos consolidar no Brasil. Quem consegue ter uma presença nacional diante do tamanho e diferenças regionais dentro do País está pronto para crescer internacionalmente”, completa o executivo.
Fonte: Diário do Comércio