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O presidente da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, afirmou que a empresa está fazendo de tudo para continuar operando e com foco na manutenção de emprego. Ele disse que chegou à varejista para reestruturar a companhia e que compreende o tamanho da crise.
“Intenção era fazer um plano para manutenção de empregos, pagamento de impostos e manutenção do impacto social. Não houve nenhuma demissão em massa. Estamos procurando formas para retomar o valor do ativo”, afirmou Pereira.
O CEO explicou a ideia de deixar fora do plano de recuperação judicial os credores menores. “Nosso plano de RJ, comparado a outros no varejo, é muito melhor. Foi construído com várias mãos. Tentamos tirar do plano de RJ os credores menores, que são os mais machucados com esse processo. Plano é complexo, para um problema complexo, e é natural que credores tentem se ajustar para ganhar alavancagem”, afirmou o presidente.
Pereira também falou sobre a dificuldade de conseguir empréstimos com instituições financeiras após o rombo contábil, mas destacou que a empresa tem ativos para se desfazer. “Não existe mais capacidade de levantar recursos no sistema financeiro com a situação de hoje. Americanas tem ativos, como Hortifruti, que faziam sentido no passado, e hoje não faz mais sentido”, disse Pereira.
Durante sua fala, ele foi interrompido por membros da CAE, que questionaram a transparência dos números da companhia.
Fonte: Valor Econômico