Por Redação
O setor de restaurantes não recuperou, em 2021, nem metade das vagas perdidas em 2020. A constatação é de um estudo da consultoria Future Tank, a pedido da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).A ANR destaca que, em 2020, foram fechadas 211.399 vagas devido à pandemia de covid-19.
Em 2021, foram criadas 2,73 milhões de vagas no país. Do total, o setor de restaurantes respondeu por 97.933 novos postos de trabalho, segundo no ranking, após os supermercados, com 98.906 vagas, informa a entidade.
No geral, o mercado de trabalho de restaurantes no Brasil encolheu 8,7% durante a pandemia, com saldo negativo de empregos em 2020 e 2021 de 113.466 vagas, afirma o estudo. Ao fim de 2021, o país tinha 1,19 milhão de trabalhadores do setor com carteira assinada.
Fernando Blower, diretor executivo da ANR, afirma, em nota, que o movimento do verão em algumas localidades do país criou uma falsa visão de crescimento mais acelerado. “A verdade é que nosso setor ainda sofre muito as consequências da pandemia”, diz Blower.
“Os dados trazem luz a uma realidade dura, pois muitos empreendimentos fecharam as portas e mesmo os que foram criados ainda não conseguem atingir os índices de empregabilidade do período pré-pandemia.”
O estudo mostra mais otimismo em relação a 2022. Nos primeiros dois meses do ano, foram gerados 8.705 novos postos de trabalho, com alta de 35% frente aos 6.421 em igual período de 2021. Mesmo que esse ritmo seja mantido, seriam necessários mais dois anos para repor os postos fechados, segundo a Future Tank.
Geração de empregos 2020-2021
- Brasil –113.466
- São Paulo –5 5.302
- Minas Gerais –14.243
- Rio de Janeiro –14.063
- Rio Grande do Sul – 9.962
- Paraná – 8.126
- Santa Catarina – 4.202
- Bahia – 3.242
- Distrito Federal – 3.214
- Espírito Santo – 1.936
- Ceará – 1.573
- Pernambuco – 888
- Piauí – 404
- Sergipe – 404
- Paraíba – 240
- Mato Grosso do Sul – 140
- Goiás -120
- Não informado – 1
- Acre – 37
- Rondônia – 65
- Amapá – 77
- Amazonas – 181
- Tocantins – 308
- Roraima – 313
- Mato Grosso – 347
- Maranhão – 378
- Rio Grande do Norte – 768
- Alagoas – 1.047
- Pará – 1.071
Fonte: Valor Econômico