A 1ª Pesquisa de Inovação nas Franquias Brasileiras, feita pela ABF (Associação Brasileira de Franchising), em parceria com a CNS (Confederação Nacional de Serviços) aponta que 91,8% das empresas franqueadoras pesquisadas introduziram algum novo produto ou serviço entre 2014 e 2016. As mudanças foram na própria empresa, no mercado nacional (57,3%) ou mundial (11,1%).
O levantamento mostra que dentre as empresas que se mantiveram inovadoras, 37,4% fizeram mudanças em seus modelos de negócios no Brasil e 6,9% delas no exterior. 45% das respondentes implantaram equipamentos, técnicas ou softwares novos, sendo 32,2% delas no mercado brasileiro.
De acordo com Altino Cristofoletti Junior, presidente da ABF, a inovação já faz parte da agenda do franchising brasileiro e a pesquisa constatou boas iniciativas. “A própria ABF tem desenvolvido ações que evidenciam esse fato, como o Smart Mall (espaço dedicado à inovação) na última Franchising Expo e o inédito concurso de startups. Tudo isso tem um papel positivo no setor, especialmente quando observamos ganhos de eficiência e resultados concretos que se refletiram nesta pesquisa e no desempenho do setor nos últimos trimestres”, afirma.
Outro dado do estudo indica que 50,7% concordaram plenamente e 28,7% parcialmente que a inovação ampliou sua participação no mercado. Já 43,1% delas acreditam que as iniciativas inovadoras aumentaram sua rentabilidade, enquanto 41,8% concordam parcialmente com essa afirmação.
Cristofoletti Junior avalia que para inovar as redes entenderam a necessidade de continuar a investir na eficiência das operações, na adoção de novas técnicas de gestão, modelos de negócio e canais de venda, dentre outras ações. “O que ficou muito em linha com outras pesquisas e iniciativas desenvolvidas pela ABF para fomentar o crescimento sustentável do mercado de franquias no Brasil”, observa.
O levantamento também indicou que esses esforços refletiram em avanços: 56,7% concordaram plenamente que houve melhoria na qualidade dos serviços prestados e para 54,4%, a inovação ampliou sua capacidade de prestar serviços. Outras conclusões do estudo indicam que 50,5% das respondentes possuem um responsável pela gestão da inovação e 42,5% delas um centro de P&D. Já quanto ao uso das tecnologias de informação, 33% revelaram ter altos investimentos em tecnologias online-to-offline (O2O).
Luigi Nese, presidente da CNS, defende que nesse sentido a inovação pode ser vista como uma estratégia para fortalecer as marcas e tornar as empresas mais eficientes durante o período de recessão. “As empresas que inovaram conseguiram sair mais rápido e mais fortes da crise econômica, o que é bom para o franchising e bom para o Brasil”, destaca.
A metodologia foi desenvolvida pela Fundação Dom Cabral (FDC) e CNS, e a ABF adequou o questionário ao setor de franquias brasileiro. A pesquisa foi feita por amostragem, com 198 redes respondentes, que detinham 24,3% das franquia em operação no país em 2017.
“Pesquisar como se deu o processo de inovação nas franquias e quais foram os resultados obtidos por elas nos últimos anos é fundamental para pensarmos o futuro e para desenvolver nossas bases tecnológicas de forma mais ampla e rápida”, diz Nese.
Fonte: Propmark