Dando sequência à série de artigos neste final e início de ano sobre o uso da internet no processo de compra dos materiais de construção, se primeiramente falamos no artigo passado da importância dos sites dos fornecedores no período de pesquisas anteriores a obra, falaremos, neste artigo, da importância do YouTube para o desenvolvimento do mercado da bricolagem.
Já nas pesquisas do Painel Comportamental de 2015 a mídia social aparecia com destaque, e, em 2016 e, especialmente, em 2017, aprofundamos ainda mais o tema, investigando quais as principais técnicas de “faça você mesmo” consultadas pelos entrevistados.
Parte dessa informação já foi tema do artigo “DIY – Do It YouTube”, de 11 de outubro passado, quando relatamos que dos 900 entrevistados que fizeram grandes obras residenciais entre setembro de 2016 a agosto de 2017, 16,1% o acessaram durante o período anterior a obra, para pesquisas gerais de informações sobre os materiais.
Agora, quando perguntamos para essa mesma amostra, especificamente sobre técnicas de “faça você mesmo”, 69,1% alegaram terem também feito pesquisas sobre o assunto, sendo que desse universo, 77,2% as fez no YouTube.
Para se ter um ideia do que isso significa, o segundo meio mais consultado pelos interessados foram os amigos e parentes, com 31,5%, e, o terceiro, blogs especializados em reforma e construção, com 27,7%.
Mas, entre vinte assuntos sugeridos no questionário, que contemplavam diversos tipos de técnicas em vários segmentos, quais foram os mais acessados por essa amostra?
Desse universo, 47,5% assistiram vídeos sobre como pintar os ambientes da casa, seguidos por como preparar paredes antes de pintar, por 41%; como aplicar efeitos especiais/texturas nas paredes, portas e janelas, por 36,2%; como colocar papéis de parede, por 32,7%, e, apenas para ficarmos nos cinco itens mais citados, como impermeabilizar um determinado local, por 30%.
No sentido inverso, os cinco vídeos menos acessados, foram sobre como colocar pisos laminados, por 16,6%; como instalar fechaduras, por 15,8%; como construir uma parede ou muro, por 15,1%; como colocar placas e gesso (drywall), por 14,7%, e, em último, como colocar pisos vinílicos, por 13%.
Independentemente dos temas mais acessados ou não, é notória a importância do YouTube no segmento, ainda mais considerando uma média de 5,1 tipos de técnicas acessadas por entrevistado, e, mesmo temas menos vistos, certamente teriam ainda menor visibilidade sem as mídias sociais.
O fato concreto é que o YouTube criou imensas oportunidades de aproximação com os consumidores finais que estão construindo, reformando ou realizando pequenos reparos, melhorias e manutenção doméstica, e que o incremento desse meio, das produções e desenvolvimento de Youtubers e influenciadores digitais no setor, beneficiará o mercado como um todo, tanto estimulando compras corretas dos materiais, como suas utilizações, seja por executores contratados para a obra, seja pelos próprios consumidores.
O próximo artigo, na primeira quarta-feira de 2018, abordará a utilização dos comércios eletrônicos durante a fase de pesquisas e compras de materiais de construção.
Um ótimo período de festas e que as vendas do varejo e atacado do setor continuem crescendo em 2018.
O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Pincéis Atlas, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em melhor entender o segmento, contribuindo para sua profissionalização e desenvolvimento.