O debate de encerramento do Seminário Internacional de Varejo promovido pela delegação BTR Varese no Harvard Club NY, com apoio de NOVAREJO, fechou com chave de ouro a programação do Retail’s Big Show, maior evento de varejo do mundo, organizado pela NRF (National Retail Federation), associação de varejo dos Estados Unidos.
Artur Grynbaum, presidente do Grupo Boticário; Sergio Herz, CEO da Livraria Cultura, e Fabio Coelho, presidente do Google Brasil, compartilharam suas visões sobre o futuro do varejo.
Para Artur, a NRF deste ano tocou em pontos sensíveis, como a questão das pessoas no varejo e a necessidade do setor reinventar o papel das equipes para que elas não fiquem obsoletas. “Outro aspecto relevante é como falaram muito sobre propósito e valores, o que não se via na NRF nestes anos todos”, disse.
Para ele, o evento tirou da equação a discussão sobre Millennials e resumiu a quem é nativo digital e quem precisa se adaptar. “O mundo mudou e todos precisamos mudar”, disse.
Sergio Herz, por sua vez, disse que usa a NRF como um checkpoint para sua estratégia corporativa. “É onde vejo se minha estratégia está ou não aderente”, afirmou. Para ele, essa foi a primeira vez em 15 anos em que a loja física foi colocada em xeque. “A NRF trouxe que a loja tem um desafio imenso pela frente e precisa se transformar”.
O que implica no fechamento de muitas operações e na reinvenção do espaço físico. “Como isso será feito? Não faço ideia. Mas precisa ser feito”, resumiu.
Para Fabio Coelho, esta foi a NRF em que o Vale do Silício deu as caras. “Antes víamos muita coisa que era só perfumaria (sem trocadilhos com o Boticário), mas pela primeira vez se falou em visão e propósito. Um quarto dos empregos dos EUA está no varejo e não se falava em engajamento”, afirmou.
Outro ponto levantado pelo evento foi a importância do uso dos dados no negócio. “É preciso mergulhar e fazer. Não dá para ficar de fora”, completou.
6 insights para o varejo pós-NRF
Confira os principais destaques da NRF 2017
1. A globalização continua em alta;
2. Tecnologias popularizadas pelos games e eletrônicos estão acessíveis para o varejo;
3. Informação é a nova moeda;
4. O futuro da loja está na hospitalidade;
5. A transformação digital é inevitável, necessária e disruptiva;
6. Cultura e engajamento são essenciais para criar marcas fortes.