O varejo digital é formado por ondas, de acordo com o fundador da VTEX, multinacional brasileira de tecnologia com foco em armazenamento de dados, Mariano Gomide. Segundo ele, primeiro, presenciamos a replicação das lojas físicas para o ambiente digital. Depois, veio a era dos marketplaces – os shopping centers virtuais. E, agora, vivemos a terceira onda, a da experiência unificada, em que o consumidor acessa diferentes canais para escolher um produto.
Conforme levantamento da consultoria McKinsey, a ida ao ponto de venda impacta na decisão de compra em 40% dos casos, devido ao fato de o cliente mudar de opinião com base no que vê no local. É grande o potencial dessa forma de consumir. “Apenas nos próximos três anos cerca de 45% das vendas serão realizadas com a participação conjunta de pontos de venda físicos e digitais”, afirma Gomide.
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O resultado é o varejista se transforma em um conector de estoques, pois a loja física passa a ser usada como recurso de estoque, ou ponto de retirada, ou ainda a chamada prateleira infinita, quando incluiu os produtos de outras filiais, franquias e até mesmo de outras empresas.
Continua depois da publicidade Segundo pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers (PWC), 60% dos clientes gostam de ter acesso rápido aos estoques de outras unidades ou da loja on-line quando estão em um ponto de venda; e 44% tendem a gostar de ferramentas de experimentação virtual dos produtos, como por realidade aumentada, quando estão comprando pela internet. Essa nova onda do varejo está baseada em dois pilares: cultura e tecnologia. “O sucesso de uma operação de varejo estará diretamente relacionada ao seu poder de conexão”, disse.
Negócios para 2019
Thiago Mazeto é head de experiência do cliente da Tray, uma plataforma de e-commerce para quem quer criar uma loja virtual. Ele elencou três tipos de negócios que, em sua visão, farão sucesso na internet neste ano. E explica o porquê:
1. Perfumes: Na segunda posição do ranking mundial sobre o mercado de fragrâncias, de acordo com pesquisa da Euromonitor International, o Brasil segue atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de US$ 6,8 bilhões em vendas no ano passado. E o comércio desse tipo de produto não para de crescer, acompanhando a expansão contínua do mercado da beleza.
2. Sex Shop: Hoje, o Brasil tem 11 mil pontos de vendas de produtos eróticos, que geram mais de 100 mil empregos diretos ou indiretos e o setor movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme). Pode ser o ano para o sex shop on-line.
3. Suplementos para musculação: Segundo dados do IHRSA Global Report 2018, relatório promovido por uma das maiores representantes do fitness mundial, o Brasil tem quase 35 mil academias e, tudo o que tange esse universo, movimenta US$ 2,1 bilhões por ano.
Governo é o alvo de startups
Criar soluções para problemas enfrentados pelo setor público tem sido o objetivo de startups – empresas de base tecnológica com modelo de negócio escalável. Conheça cinco que apostam no modelo Business to Governement (B2G).
» 1Doc: É especializada em comunicação, atendimento e gestão documental para órgãos públicos. O objetivo é aumentar a transparência e gerar redução de custos nas gestões municipais. Cerca de 50 municípios brasileiros já utilizam a solução.
» 4MTI: Centraliza todas as informações em uma única plataforma. Com isso, gestores de todas as esferas de governo conseguem ter visão geral da informação solicitada a partir de relatórios instantâneos e intuitivos. O Ministério Público de Minas Gerais é um dos usuários.
» CityTech: Oferece produto que ajuda as prefeituras a conhecer e gerenciar as demandas de seus cidadãos. O Urban Insights rastreia publicações em redes sociais e sites de notícias para entender o que as pessoas estão falando de suas cidades. Depois de processados, os dados aparecem em um painel de insights para o gestor público.
» Boostr: Processa, organiza e analisa grandes volumes de dados digitais de pessoas e empresas, transformando esse material em inteligência. Dessa maneira, busca-se resolver problemas de gestão e comunicação, especialmente na organização das informações da máquina pública.
» WeGov: Desenvolveu a plataforma ImpactCom, que usa SMS e unidade de resposta audível (URA) para ajudar gestores de políticas públicas e programas de impacto social a estabelecer comunicação direta com seus públicos-alvo, que muitas vezes não têm acesso à internet.
Fonte: Estado de Minas
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