30/12/2015 – 10:18
As vendas do comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro registraram uma queda de 5% das vendas no Natal em relação ao ano passado, de acordo com o Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro CDLRio, que ouviu cerca de 500 estabelecimentos comerciais entre os dias 18 e 24 de dezembro.
A pesquisa também confirmou que este foi o Natal dos presentinhos, com o tíquete médio dos presentes em torno de R$40,00. Os produtos mais vendidos foram roupas, brinquedos, acessórios e bijuterias. A forma de pagamento mais utilizada foi o cartão de crédito parcelado, cartão de débito, crediário e cartão de loja parcelado.
De acordo com Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio, as vendas no Natal correspondem a 25% do faturamento anual do comércio. Pode-se dizer que elas garantem o fôlego do setor para enfrentar os três primeiros meses do ano novo, período de desaquecimento da atividade comercial que coincide com pesados custos fixos do consumidor como são os pagamentos de impostos, as matrículas e o material escolar. E o resultado de menos 5% nas vendas do Natal é preocupante quando se considera todo esse cenário.
Ainda segundo Aldo Gonçalves, o comerciante fez a sua parte. Planejou e organizou-se. Comprou tecnicamente produtos desejados com preço e quantidades adequadas. Investiu no treinamento da equipe para vender mais e conquistar novos clientes. Além disso, realizou todo o tipo de promoção, liquidação e descontos para estimular as vendas.
Mas todas essas ações não foram suficientes para aumentar as vendas. Não custa lembrar que o Natal já foi comemorado como o do presente farto. Este ano foi o Natal da recessão, dos juros exorbitantes, da inflação e do desemprego – assustador conjunto de fatores negativos que corrói o salário e diminui dramaticamente o poder de compra. Não custa lembrar, também, que este ano todas as datas comemorativas, que geralmente favorecem o comércio não atingiram o movimento esperado. Por causa de todo esse quadro, mais de 600 estabelecimentos comerciais fecharam as portas apenas no Centro do Rio nos últimos seis meses desse ano, conclui Aldo.
Fator Brasil – SP