ALISSON-FERNANDEZ
12 de Novembro de 2015 09:00
Com mais de 400 unidades espalhadas por todo o País e cerca de dez mil funcionários,
o Grupo Giraffas, criado em Brasília, é a quarta maior rede de restaurantes do Brasil.
Em 2011, para reforçar o foco em temperos brasileiros, a rede ampliou seu portfólio de marcas com a aquisição da Tostex, lanchonete especializada em sanduíches tostados. Para comandar a nova fase do grupo, que passou por uma reestruturação há dois anos, Alexandre Guerra, filho do fundador, Carlos Guerra, assumiu a presidência em 2013.
MEIO & MENSAGEMO Giraffas concorre no setor de alimentação com grandes empresas globais. Como você enxerga essa competição? Qual é o seu diferencial nessa disputa?
ALEXANDRE GUERRA A concorrência faz parte do jogo. Prefiro concorrer com grandes marcas porque tenho certeza de que será de igual para igual, no sentido de serem formalizados e de termos custos inerentes à organização. Já com os independentes, a concorrência é um pouco mais difícil, pois lidamos com o mercado informal. Somos líderes no segmento de pratos de refeições, grelhados e comida típica do dia a dia, e temos orgulho em dizer que esse é o nosso diferencial estratégico. Em 2011, para reforçar a nossa estratégia, adquirimos a marca Tostex, que também entrega um diferencial para o consumidor. Trabalhamos o pão cortado, que estava na mesa do café da manhã dos brasileiros, e trouxemos para o mercado de alimentação fora do lar de forma protagonista. Já temos 18 lojas espalhadas por Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Recife e Fortaleza. Estamos apostando em trazer algo novo para o consumidor e liderar um segmento.
MEIO & MENSAGEMA marca possui 11 lojas nos Estados Unidos. Como os americanos receberam a rede?
ALEXANDRE GUERRA Receberam muito bem. Acredito que o fato de estarmos na Flórida, onde há uma forte presença latina, ajudou bastante. Antes de começar, nossa primeira pergunta foi: o que entregar de diferente em um país como os Estados Unidos? No que o americano vai se interessar em um mercado que possui um milhão de alimentos? Encontramos essa resposta entregando uma típica comida brasileira. Não a comida brasileira ético-regional, mas uma comida brasileira do nosso dia a dia. Vendemos muita picanha nos pratos com grelhados, pois os americanos já reconhecem como um corte brasileiro. O nosso hambúrguer lá tem ovo, coisa que os hambúrgueres americanos não têm, ou seja, também levamos essa brasilidade para os lanches. Ainda estamos nos consolidando. Começamos em julho de 2011 e construímos dez lojas próprias. A décima primeira abrimos com franqueado, e depois disso, franqueamos três unidades que eram próprias. No mundo, tivemos o desenvolvimento da culinária mexicana, italiana, asiática, americana e, agora, estamos apostando no desenvolvimento da culinária brasileira, não regionalizada, mas internacionalizada.
MEIO & MENSAGEMPretendem investir ainda mais no exterior? Qual a meta?
ALEXANDRE GUERRA Sim. Começamos a apostar no sistema de franquias para crescer, pois, apenas 11 lojas ainda é muito pouco. Somos otimistas com o potencial, mas sabemos que temos uma fase muito grande de maturação. Temos lojas que dão dinheiro e outras que ainda não. Mas o importante é que as vendas estão crescendo e a operação vai se consolidando. Fizemos várias adaptações no cardápio, que lá é mais reduzido, pois o sistema de produção operacional americano é muito diferente. Nossa meta é chegar a 150 lojas em cinco anos.
A entrevista na íntegra você confere na edição Especial CEOs, de 09 de novembro de 2015, que acompanha a Ed. 1685 de Meio & Mensagem.
Meio e Mensagem on-line – SP