Para a Planet Retail, modelos de negócios precisam ser mentalidade de start up para prosperar
O varejo do futuro será formado por empresas ágeis, que experimentam, testam, assumem riscos e entendem que a tecnologia é um facilitador e não a solução para os negócios. Em sua apresentação no World Retail Congress (WRC), principal evento estratégico do varejo mundial, que aconteceu semana passada em Roma com cobertura exclusiva NOVAREJO, Nick Everitt, diretor global de insights e estratégia da Planet Retail, elencou quatro aspectos essenciais dos modelos de negócios que moldarão o setor nos próximos 10 anos:
1 Agilidade e experimentação
O varejo precisa incorporar um espírito de start up, com flexibilidade, agilidade e uma cultura de testar continuamente em busca de novas soluções que gerem resultados melhores. É um choque cultural para o varejo, que sempre se baseou em processos muito bem estabelecidos, e sem dúvida é um posicionamento que aumenta os riscos de projetos que não gerem resultados, comenta Everitt. Entretanto, se você não assumir essa postura, algum competidor, talvez até de outro setor, agirá desta forma e abalará o seu negócio, comenta.
2 Não dá para ser tudo para todos
Esqueça a ideia de ser generalista. O varejo da próxima década caminha para a personalização, o que exige discursos diferentes para cada consumidor e a necessidade de priorizar. Quem são os clientes que realmente importam para você? Esses é que devem ser atendidos com toda a atenção. O varejo hoje se preocupa demais em adquirir clientes, em vez de aumentar seu relacionamento com quem já é seu consumidor, pondera o executivo.
3 Tecnologia não é a solução
Não acredite quando alguém disser que basta implementar o software X que os problemas serão resolvidos. Muito pelo contrário. O grande desafio é tornar a TI mais simples e amigável para o cliente. Do ponto de vista do cliente, tudo precisa ser muito intuitivo, por mais complexa que seja a estrutura no back office. Pensar a tecnologia como algo isolado da necessidade do negócio só causa transtorno, afirma.
4 Mude, mude, mude
Processos, rotinas, talentos internos, estrutura organizacional: não pense que eles ficarão imunes às transformações do varejo. Se as empresas precisam ter cultura de start up, focar nos melhores clientes e se apresentar de forma simples aos clientes, talvez seja preciso trazer novas pessoas e maneiras de fazer negócios. Em um varejo em mudança, você tem que mudar os alicerces de sua empresa, diz o executivo.
Revista No Varejo on-line – SP