09/09/2015 às 05h00
Por Vanessa Barone | Para o Valor, de São Paulo
Reconhecido como uma das plataformas digitais mais importantes para quem precisa conhecer o comportamento de consumo, as tendências de moda e os caminhos do design no mundo, o site WGSN estava acessível, até então, só para assinantes. Mas, desde o mês passado, um “petisco” dentro desse banquete de informação está disponível para degustação gratuita.
Trata-se do “WGSN Insider” (www.wgsn.com/blogs) um conteúdo online atualizado diariamente com artigos de editores do WGSN e profissionais que analisam segmentos como beleza, moda, decoração, marketing e tecnologia.
De acordo com Carla Buzasi, chefe-global de conteúdo da empresa, a nova área de informação deve atrair quem se interessa pelos temas analisados pelo WGSN, mas não necessita de estudos tão completos ou aprofundados sobre o assunto. “A principal plataforma do WGSN publica mais de 350 relatórios por mês com análise, visão e dados da indústria, tudo exclusivo para os assinantes”, diz a executiva. “O Insider proporciona, para um público novo, uma ‘espiadinha’ em todo esse processo”.
Com jeitão de blog, o Insider publica ideias, opiniões, imagens e vídeos produzidos pela equipe do WGSN. “Como temos editores, fotógrafos e analistas de tendências em todo o mundo, nossa amplitude de cobertura é inigualável”, diz Carla. “Nossos editores viajam para conhecer designers, artistas, arquitetos, varejistas e outros personagens que podem, agora, ser compartilhados”.
Além de lançar o Insider, a executiva esteve no Brasil, na semana passada, para falar sobre o pensamento “disruptivo” termo que está sendo bastante usado por quem defende uma nova abordagem do consumidor e do ato de consumir.
“Isso tem a ver com mudar a maneira como tradicionalmente fazemos negócios”, diz Carla. “Em um mundo que evolui tão rápido, especialmente quando se trata de inovação e tecnologia digital, não se pode achar que o que funcionou antes vai funcionar agora. As empresas precisam aprender a mudar”. Segundo ela, o consumidor está mais exigente do que nunca e cheio de possibilidades de escolhas. É preciso surpreender, encantar e aprender a falar a língua deles constantemente.
Inovar sempre foi algo esperado, quando se fala em consumo, mas o que mudou, diz Carla, é o ritmo da inovação. “Lançar um negócio ou produto, hoje, é uma questão de meses ou semanas, não mais de anos”.
Trazer o novo é mais importante que manter o DNA de uma empresa, diz a executiva. “O que acontece se o seu DNA não tiver mais lugar no mundo de hoje?”, pergunta. Exemplos não faltam, como o da fabricante de filmes e câmeras Kodak, “que foi cuspida do mercado não pelas câmeras digitais, mas pelos smartphones”, diz. “O competidor de antes pode não ser o mesmo de hoje.”
Entre as empresas que souberam sair da “zona de conforto” e inovar está a Amazon. “Ela começou vendendo livros, mas soube progredir”, afirma Carla.
“Recentemente, li que ela está contratando chefs de cozinha, portanto, é possível que em breve, além de livros, filmes e sapatos, ela comece a entregar
comida”.
Valor Econômico – SP