LUIZ-GUSTAVO-PACETE
17 de Agosto de 2015 14:12
O filho do Lula é o dono da Friboi? Essa pergunta tem sido frequente nos últimos meses no site Dá Gosto Saber, criado pelo Grupo JBS para tentar combater informações falsas.
O questionamento sobre Fabio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, teve seu auge durante a campanha política de 2014 e ganhou um número considerável de memes e discussões na internet. Também questionavam a ligação da empresa com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e o uso de dinheiro público na companhia.
Na opinião de Alexandre Inácio, gerente de comunicação e marketing institucional da JBS, esses boatos tornaram a construção da imagem institucional urgente, já que, até então, a companhia focava apenas em marcas e produtos. Até então, haviamos criado uma base de produção pelo País, reestruturado as empresas que compramos e focado em distribuição, diz Inácio. A marca institucional vem sendo trabalhada desde dezembro do ano passado.
Já a campanha estrelada pelo ator Tony Ramos surgiu após um grande esforço da Friboi de trazer o conceito de origem e qualidade para o consumidor. O foco inicial foram as redes sociais, o mesmo canal onde os memes negativos sobre a empresa ganharam força.
No final de 2014, inclusive, 81% das menções feitas sobre a companhia eram negativas. Identificamos que apenas 2% das menções eram positivas e 17%, neutras. Um índice preocupante para a saúde da marca, explica o executivo.
A primeira estratégia foi lidar abertamente com o problema e lançar uma plataforma que respondesse as perguntas do público de forma direta, sem omissões ou recusas. Com isso, surgiu, o site Dá Gosto Saber, em janeiro. Assim como qualquer outra empresa, a JBS não era e nem é perfeita, mas as informações falsas eram graves e deveriam ser tratadas, diz Inácio. No portal, além das perguntas sobre o filho de Lula e o BNDES, também são respondidas dúvidas sobre locais de vendas de produtos ou como trabalhar na JBS.
Até o momento, o resultado da iniciativa rendeu 1,4 milhão de likes na página da empresa no Facebook. Os posts negativos caíram de 81% para 21% e os neutros subiram para 37%. O acesso ao site institucional cresceu 300%, segundo Inácio.
A militância política, já que os boatos envolvendo a Friboi também eram alimentados por ideologias, foi um ponto delicado na hora de usar a estratégia. De fato, questões políticas misturadas a uma marca sempre são um desafio, mas a estratégia da transparência também nos ajudou, comenta o gerente de comunicação e marketing institucional da JBS.
O Dá Gosto Saber foi inspirado indiretamente nas atitudes de outras marcas que lidaram com boatos, como o McDonald´s, com a campanha sobre a verdadeira origem de seus hambúrgueres, e a PepsiCo, que respondeu às polêmicas sobre a injeção de ar nas embalagens de Ruffles.
A resposta:
Olá Bruno a gente entende que muito se divulgou sobre esse boato, mas ele realmente não passa de um mito. A Friboi, marca do grupo JBS não pertence nem nunca pertenceu ao filho do Lula, e sim à família Batista e hoje é uma empresa de capital aberto. Na JBS prezamos pela transparência de nossas ações. Agradecemos seu contato!
A resposta:
A ligação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com a empresa se resume em ações adquiridas pelo BNDESPar, braço dele voltado para fomento através de compra de ações em transação lícita e de acordo com o que determina a Lei das Sociedades Anônimas. O fato de o BNDES ser detentor de parte das ações reforça que a JBS é uma excelente empresa para se investir e que tem compromisso com o desenvolvimento do país. Agradecemos pela pergunta, Junior.
A resposta:
Olá, Mariana. A JBS não compra unidades de produção para fechá-las em seguida. A companhia pode ter comprado um grupo de unidades com uma unidade já fechada, que permaneceu fechada, portanto, a informação não procede.
A resposta:
Esta informação não procede, Jean. Nunca houve por parte do grupo a sondagem ou proposta para que o apresentador e empresário Silvio Santos fosse nosso garoto propaganda ou qualquer situação semelhante. É fácil verificar a fragilidade do assunto e sua não veracidade, já que ele não cita a fala da empresa ou do próprio empresário, nem sequer a de qualquer fonte possível ou confiável.
Meio e Mensagem on-line – SP