14/08/2015 às 05h00
Por Cibelle Bouças | De São Paulo
A Springs Global, empresa têxtil controlada pela Coteminas e dona das marcas Artex, Santista e MMartan, informou que espera melhorar seu desempenho no segundo semestre deste ano. A companhia será favorecida por um controle maior nos custos de produção e pela conversão de lojas próprias em franquias. No primeiro semestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 9 milhões, ante prejuízo líquido de R$ 34,4 milhões no primeiro semestre de 2014. Josué Gomes da Silva, presidente da Springs Global, disse que espera converter 11 lojas próprias da rede Artex em unidades de franquia no terceiro trimestre. A meta de longo prazo é que 80% a 90% das lojas da Artex sejam convertidas em franquias. A Springs encerrou o segundo trimestre com 233 lojas, sendo 45 unidades próprias da MMartan, 128 franquias da MMartan e 60 lojas próprias da Artex. “A Springs Global vai poder gerar grandes resultados com a conversão de lojas próprias em franquias, porque têm um custo bem mais baixo e melhor rentabilidade”. afirmou Silva. O executivo acrescentou que a companhia não planeja uma grande expansão no número de lojas em 2016. Mas, no prazo de cinco a seis anos, a companhia pretende passar de 233 lojas para 600 unidades. Silva acrescentou que a Springs Global antecipou compras de matériasprimas a um câmbio mais favorável no primeiro semestre, o que vai favorecer a gestão de custos na segunda metade do ano. O executivo também disse que substituiu parte das importações por produtos nacionais, a custo mais baixo. Ainda assim, a Springs avalia reajustar preços para compensar a alta nos custos operacionais. No segundo trimestre, a Springs Global registrou lucro líquido de R$ 2,4 milhões, ante um prejuízo de R$ 12,6 milhões no mesmo intervalo de 2014. A receita líquida cresceu 7,4%, para R$ 508,5 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) aumentou 47,2%, para R$ 69,5 milhões. O desempenho foi favorecido principalmente pelas vendas no atacado na América do Sul e na América do Norte. Na América do Sul, o Ebitda no atacado cresceu 35,9%, para R$ 68 milhões. Na América do Norte, o aumento foi de 900%, para R$ 10 milhões. “As operações de atacado dão sinais de que vão continuar progredindo na segunda metade do ano”, afirmou Silva. Ele acrescentou que a Springs Global está reforçando os acordos de longo prazo com varejistas nos EUA, para garantir preços de venda mais altos. Na avaliação do executivo, a Springs Global pode apresentar crescimento no segundo semestre em comparação à primeira metade do ano e ao segundo semestre de 2014. “Estamos todos trabalhando para termos lucro neste ano. E vamos trabalhar para deliberar, com o conselho de administração e com os acionistas a destinação dos resultados na forma de dividendos”, afirmou Silva.
Valor Econômico – SP