01/07/2015
Percentual ficou em 62%, recuo em relação aos 62,4% de maio e ante os 62,5% de junho de 2014
Apesar do agravamento da crise econômica, com piora de todos os indicadores, como inflação, emprego e renda, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que, em junho, o percentual de famílias endividadas registrou queda pela primeira vez em quatro meses, caindo também na comparação anual.
O percentual alcançou 62% recuo em relação aos 62,4% registrados no mês de maio e ante os 62,5% verificados no mesmo período do ano passado.
Segundo o levantamento, que abrangeu 18 mil consumidores em todas as capitais do país, apesar da queda do percentual de famílias endividadas que fazem o pagamento de seus débitos em dia, houve aumento no percentual das que têm contas ou dívidas em atraso e entre aquelas que relataram não ter condições de pagar suas contas atrasadas.
A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso alcançou 21,3%. Em maio, o percentual era 21,1% e, em junho de 2014, 19,8%. O percentual das famílias que permanecerão inadimplentes atingiu 7,9% em junho. Em maio, o percentual era 7,4% e, em junho do ano passado, 6,6%.
Segundo a pesquisa da CNC, a proporção de famílias brasileiras que se declararam muito endividadas manteve-se estável entre os meses de maio e junho 12,5% do total , mas registrou aumento em relação ao patamar observado em junho de 2014, de 11,9%.
O tempo médio de adiamento do pagamento de contas ou dívidas em atraso foi de 59,6 dias em junho abaixo dos 60,8 registrados no mesmo período do ano passado.
O período médio de comprometimento de renda com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 33,1% dos entrevistados informaram que o prazo é superior a um ano.
O cartão de crédito é o principal motivo de débito para 77,2% das famílias endividadas, seguido por carnês (16,3%) e, em terceiro, por financiamento de carro (13,4%).
Segundo a CNC, as condições menos favoráveis de contratação de novos empréstimos e de renegociação de dívida, somadas ao recuo dos rendimentos dos trabalhadores, têm levado a uma piora na percepção das famílias em relação ao seu endividamento.
Brasil Econômico – SP