25/05/2015 Erica Ribeiro Perto das duas mil unidades no Brasil, rede testa novo conceito de design em lojas e insere desjejum no cardápio Treze anos depois de seu retorno ao Brasil, a rede de lanchonetes americana Subway prepara o caminho para ultrapassar duas mil lojas em funcionamento no país este ano até o momento são 1.875 e chegar a 20 mil até 2025. Os números são parte do planejamento estratégico da marca para o Brasil nos próximos anos. Um dos estímulos para uma meta tão audaciosa vem do fato de, em 15 anos de atuação, a rede ter aberto mais lojas do que suas concorrentes no país, que já ocupa o quarto lugar no ranking mundial do grupo, atrás de Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Aliás, a Inglaterra pode perder o posto este ano para o Brasil. Os bons resultados estão trazendo mudanças físicas e novidades ao cardápio, adianta Roberta Damasceno, gerente nacional da Subway. Estamos com um projeto-piloto de mudança das lojas, que remete a cafés e têm design mais arrojado. Chamadas de Conceito Metro, elas estarão em diversas regiões onde temos restaurantes. A princípio, em unidades abertas há mais tempo. Estamos testando em Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte, para depois iniciar a implantação efetiva. A ideia é que sejam arejadas, com mobiliário moderno, iluminação diferenciada, internet wi-fi e todos os atributos que façam com que as pessoas queriam permanecer mais tempo, diz Roberta. Além de lojas mais bonitas e funcionais, a marca também vai começar a servir café da manhã no Brasil, item que já está presente no cardápio em outros países. Também em testes, o serviço depende do fornecedor de café que será escolhido pela empresa no Brasil. Não queremos ter café solúvel nas lojas. Por isso estamos buscando uma empresa que possa nos ofertar o tipo de café que queremos. Vamos incluir itens do cardápio americano no café da manhã e sobremesas também. A meta é gerar movimento em horários em que, no Brasil, temos um tempo ocioso, ou seja, no período de 9h às 11h30 e de 15h30 às 17h30, completa a executiva. A implantação de novas opções de cardápio e de um novo visual para os pontos de venda acontece em função do modelo de gestão que a empresa desenvolveu no país, onde as lojas variam, em média, de 50 metros quadrados a 150 metros quadrados e o custo para o franqueado gira em torno de R$ 300 mil. Ter formatos menos engessados favoreceram o crescimento acelerado da rede no Brasil. O outro é o custo da franquia, que exige menos investimento e pessoal dez funcionários, em média por loja. E não menos importante, a figura dos agentes de desenvolvimento regionais, para dar suporte na escolha dos franqueados e das lojas. São 14 no Brasil em todas as regiões do país, destaca Roberta. Este ano, foram abertas 110 lojas e outros 350 contratos já foram assinados. Com um público predominantemente das classes B e C, na faixa dos 14 aos 50 anos, a rede tem na venda de sanduíches customizados o carro-chefe. Alguns foram criados exclusivamente para o Brasil e começam a ser exportados. Caso do sabor frango defumado com cream cheese, já encontrado nas lojas do México. Para o coordenador do Comitê de Alimentação da Associação Brasileira de Franchising (ABF), João Baptista, o modelo adaptável a lojas de rua, shoppings, galerias ou qualquer outro formato possível para a abertura de uma loja, aliado a um custo mais baixo que o da concorrência, são o diferencial da Subway no Brasil. Em um movimento semelhante, temos a Cacau Show que, apesar de não ser do ramo de refeições, tem a flexibilidade para estar em vários pontos, preços acessíveis e custo de implantação menor. O desafio de qualquer rede de fast food ou de alimentação é mudar paradigmas e estas empresas encontraram uma fórmula de sucesso, destaca Baptista.
Brasil Econômico – SP