Por Viviane Sousa – 08/05/2015
A companhia vai destinar R$ 100 milhões para reformulação de layout. Também aposta numa política de preços mais competitiva
Preços mais agressivos e readequação de sortimento e de layout estão nos planos do GPA (Grupo Pão de Açúcar) para elevar a competitividade de seus hipermercados. Segundo Ronaldo Iabrudi, presidente da companhia, para garantir essa estratégia e também responder à pressão de custos, forte logo no início do ano, o Grupo também já trabalha para reduzir despesas e obter ganhos de sinergia. “Esse é um ano desafiador, principalmente devido a questões macroeconômicas”, informou o executivo durante teleconferência feita na manhã de hoje (08/05), para divulgar os resultados do primeiro trimestre da empresa.
Também serão investidos R$ 100 milhões na reformulação dos hipermercados. Até o segundo semestre 20 filiais estarão com o layout remodelado. De acordo com a empresa, a ideia é melhorar a experiência de compra. “Os corredores serão mais largos para facilitar a circulação dos carrinhos. Haverá um paredão com ofertas logo na entrada das unidades, formado por produtos com preços mais agressivos”, revelou Laurent Cadilllat, diretor-executivo do Extra. Também haverá maior foco no atendimento ao cliente em áreas como padaria, peixaria, açougue, frios e rotisseria. “Os primeiros hipermercados reformulados vão funcionar como uma espécie de escola para os demais, pois vamos treinar todos funcionários, em especial dessas seções, para replicarem às demais unidades”, explicou Cadillat.
O sortimento será moldado às necessidades do público de cada região. Entre os não-alimentos, também serão incluídos colchões no mix dos hipermercados. Haverá ainda um grupo de 50 produtos cujo preço será mais competitivo. “Já iniciamos um trabalho a fim de melhorar a negociação com nossos fornecedores”, disse o diretor da bandeira Extra. Também será feito um acompanhamento constante desses itens na concorrência. A expectativa do GPA é que todas as mudanças promovidas nos hipermercados eleve o fluxo de clientes nas lojas.
Queda nas despesas
Outra frente que tem tido esforços do GPA é a redução de despesas. Ao longo do ano, as ações nesse sentido serão intensificadas. Um exemplo são as medidas para diminuir custos com energia elétrica, que inclui modernização de equipamentos e de iluminação. Conforme o balanço da empresa, as despesas gerais e administrativas caíram 2,8% no primeiro trimestre deste ano em relação ao de 2014. O Grupo também prevê ganhos de sinergia. Pretende, por exemplo, que suas divisões Cnova, Multivarejo e Via Varejo compartilhem os centros de distribuição. Segundo Iabrudi, todas essas ações têm como objetivo melhorar a rentabilidade da companhia em 2015.
Resultados do 1º trimestre
O lucro líquido do GPA somou R$ 252 milhões no primeiro trimestre de 2015, com recuo de 25,6% sobre igual período do ano passado. Por outro lado, a receita líquida chegou a R$ 17,237 bilhões, avançando 14,8% sobre os três primeiros meses do ano anterior. Para 2015, a expectativa é de crescimento orgânico de 6%.
Revista Supermercado Moderno online – SP