06/05/2015 às 05h00
Por Bloomberg
A rede de restaurantes Outback Steakhouse está apostando no Brasil. Apesar dos problemas econômicos por que passa o país, a Bloomin’ Brands, mantenedora da Outback, acelera seu crescimento no Brasil, na tentativa de capitalizar os lucros gerados pela classe média em ascensão. Além de seus 64 restaurantes Outback no Brasil, a Bloomin’ abriu recentemente dois restaurantes temáticos italianos Abbraccio e pretende inaugurar uma churrascaria Fleming’s no país no ano que vem. “O Brasil é um tremendo mercado para o ‘casual dining'”, diz Liz Smith, principal executiva da empresa, sediada em Tampa, na Flórida, usando a expressão em inglês para o gênero de restaurante que serve comida de preço moderado em ambiente descontraído. “É a nossa maior oportunidade de crescimento fora dos EUA.” No Brasil, o Outback vende o aperitivo que é sua marca registrada, a cebola empanada e frita, além de skirt steak (fraldinha), massas e camarão ao molho picante. A classe média em expansão quer “se diplomar numa experiência de ‘casual dining'”, disse ela. “Há muita demanda reprimida.” A empresa empenhouse em crescer no exterior num momento em que os restaurantes americanos com serviço de mesa enfrentam mais concorrência da parte de redes “fast casual”, com comida de melhor qualidade e instalações mais sofisticadas que as das lanchonetes de “fastfood”. A Bloomin’ disse ontem que as vendas nos EUA, em termos de mesmas lojas, subiram 3,6% no primeiro trimestre, expansão inferior aos 4,1% estimados pelos analistas, segundo a empresa de pesquisa Consensus Metrix. O Brasil é visto como um mercado de risco para muitas empresas. A Bloomin’ abriu seu primeiro restaurante Outback no país em 1997 e pretende chegar a cem lojas, disse Liz.
Valor Econômico – SP