08/04/2015 19:38
Por Valor, com Agência Brasil
RIO O setor brasileiro de franquias faturou, em 2014, R$ 127,3 bilhões, um aumento de 7,7% em comparação a
2013. O presidente da Associação Brasileira de Franchising do Rio de Janeiro (ABFRJ), Beto Filho, explica que,
no período 20032014, houve o surgimento de muitas marcas, abertura de ramos de atividade, relações novas de
investidores de fundos de investimento, entrada no mercado de franqueadores profissionais e de jovens de
universidades. “A franquia se sustentou em todas essas vertentes.
Beto Filho acredita que, apesar de o ano de 2015 estar sinalizando para um baixo crescimento econômico, a
expectativa é que a receita do setor crescerá entre 6,5% e 8%, em contraposição aos números negativos previstos
por vários outros setores econômicos, como o automotivo, cuja expectativa é queda de 10% na produção de
veículos em 2015, diante da contração do mercado nacional.
Com essa perspectiva, a gente está mostrando, como ocorreu com os 7,7% do ano passado, que o franchising tem
a sustentação de ser um bom exemplo para o país em termos de organização, gestão, governança, de leitura de
cenário permanente, que o torna o último setor a entrar em crise e o primeiro a sair, pelas características
profissionais que a franquia mantém, analisou o presidente da ABFRJ.
Acompanhando a evolução do faturamento, a expectativa é que as franquias continuem sendo um bom
empregador no país, principalmente na área de serviços. Números da ABF indicam que o setor gera cerca de 1,2
milhão de empregos diretos. Ele representa também o crescimento de renda, disse Beto Filho. “A franquia é uma
garantia do capital no meio produtivo, com risco menor”.
A microfranquia, denominação para empresas com investimento de até R$ 80 mil, continua tendo muita procura.
Atinge no Brasil o grande público, que é a nova classe C. Beto Filho esclareceu que as regras, porém, são iguais
para todas as franquias e que muitas microfranquias, dependendo do segmento de negócio, têm capacidade de
faturamento até maior do que franquias de grande porte. Na avaliação do presidente, a tendência é de
continuidade da microfranquia, porque as classes C e a D apresentam um sangue empreendedor mais forte.
Valor Econômico on-line – SP