27/03/2015 às 05h00
Por Cibelle Bouças | De São Paulo
A Springs Global, empresa controlada
pela Coteminas e dona das marcas Artex,
Santista e MMartan, informou em
teleconferência de resultados que fez
projeções “conservadoras” para o ano de
2015 e está segura de que atingirá essas
metas.
A empresa fez uma projeção
conservadora para este ano. “Estamos
tranquilos de que vamos atingir a meta de crescimento do Ebitda [lucro antes
de juros, impostos, depreciação e amortização] de 10% a 17% neste ano.
Estamos seguros de que vamos atingir essa meta de Ebitda de R$ 200
milhões a R$ 230 milhões”, afirmou Josué Gomes da Silva, presidente da
Springs Global.
A Springs também projetou para o ano de 2015 uma receita líquida entre R$
2,15 bilhões e R$ 2,35 bilhões, ante R$ 2,09 bilhões alcançados no ano
passado, o que representa um crescimento entre 2,9% e 12,4%. Os
investimentos estão projetados entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões, ante
R$ 55 milhões investidos no ano passado.
A companhia encerrou o quarto trimestre de 2014 com lucro líquido de R$ 1
milhão, ante um prejuízo líquido de R$ 3,4 milhões no mesmo período do
ano anterior. A receita líquida no trimestre cresceu 7,2%, para R$ 566,2
milhões. As vendas na América do Sul cresceram 9,2%, para R$ 381,7
milhões. As vendas na América do Norte avançaram 11,3%, para R$ 198,9
milhões. O Ebitda caiu 11,6%, para R$ 46,7 milhões.
No ano fechado de 2014, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$
29,1 milhões, ante prejuízo de R$ 52,7 milhões um ano antes. A receita
líquida cresceu 2,4% no ano, para R$ 2,09 bilhões. O resultado foi favorecido
por uma redução nos custos com matériasprimas.
As projeções para 2015 são as mesmas estabelecidas para 2014. A Springs
Global, no entanto, não atingiu essas metas no ano passado. Silva disse que
os resultados foram afetados pela queda nas vendas no país no primeiro
semestre de 2014 em função da Copa do Mundo. A empresa também
enfrentou problemas com vendas na operação que possui no Canadá. “Houve
melhora na operação da América do Norte e da América do Sul. Acredito que
o desempenho será consistente neste ano”, disse.
O executivo disse que o risco de racionamento de energia e o aumento da
tributação sobre a folha de pagamento preocupam, mas, por outro lado, a
companhia pode se beneficiar no mercado externo com a alta do dólar frente
ao real.
Silva disse ainda que a Springs Global já começou a se desfazer de ativos não
essenciais ao seu negócio para melhorar o caixa. Em fevereiro, a Coteminas
vendeu um imóvel em Montes Claros no valor de R$ 48 milhões. A operação
deve ser concluída em breve e terá efeito no balanço do primeiro trimestre de
2015 da companhia.
Silva afirmou ainda que vai colocar em discussão, na próxima reunião do
conselho de administração da companhia, o início de um plano de recompra
de ações da empresa. “É recomendável que a empresa inicie uma recompra de ações porque o preço dos papéis está muito baixo. Mas ao mesmo tempo é
um risco reduzir ainda mais a liquidez da ação. Provavelmente o plano será
discutido na próxima reunião”, disse.
Valor Econômico – SP