19/03/2015 | 09:45 – Atualizado em: 19/03/2015 | 09:45
Marca da Fiat Chrysler Automobiles é a aposta para ganhar mercado no segmento de SUVs de entrada no país. Modelo Renegade fabricado no Brasil chega às lojas em abril
Rio – Para dar suporte ao lançamento do Jeep Renegade, que está sendo produzido no Brasil, com venda prevista a partir de 10 de abril, a marca do do Grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) resultado da fusão entre Fiat e Chrysler, ocorrida em 13 de outubro de 2014 , triplicou o número de concessionárias Jeep no Brasil passando de 45 no final do ano para 120 até o momento com investimentos de R$ 240 milhões. Até o final de 2015 serão 200 lojas em funcionamento no país, em um esforço para aumentar a participação brasileira nas vendas de veículos da marca.
Segundo Sérgio Ferreira, diretor geral da Chrysler Brasil e diretor da marca Jeep para América Latina, a rede própria de concessionárias é um dos quatro pilares da estratégia de expansão das vendas no Brasil. Os outros três são a fábrica, a marca e o produto em si. A informação que circula no mercado é de que o preço de venda do Jeep Renegade, SUV de entrada da marca, deverá ficar em torno de R$ 70 mil.
A contribuição do Brasil no segmento de SUVs ainda é considerada baixa em relação a outros mercados. Mas as perspectivas no longo prazo são muito boas. Segundo previsões da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o Brasil será um mercado de mais de oito milhões de veículos em 2034. Os SUVs hoje, no mundo, representam 18% das vendas totais de automóveis, nos dez maiores mercados, sendo que somente nos Estados Unidos e Austrália, a participação chega a 30%. O Brasil tem apenas 9% deste mercado ainda, diz ele.
Ferreira acrescenta que a opção da FCA pela marca Jeep para crescer no mercado de SUVs no Brasil vem do conhecimento do consumidor. Com base nisso, escolhemos o Renegade para ser produzido em nosso polo em Pernambuco. É um produto que atua em um segmento de relevância, que é o de SUVs de entrada no Brasil. Hoje, o Ecosport (Ford) e o Duster (Renault) têm, juntos, 16% do mercado total no Brasil no segmento de SUVs. Nossa missão é ter a liderança, afirma Ferreira, sem abrir percentuais. Acreditamos que 50% de nossas vendas virão de consumidores que já compram normalmente veículos da categoria e a outra metade de clientes que costumam ter na garagem sedãs de luxo de outras marcas, como Toyota Corolla ou Honda Civic, completa o executivo.
Com relação às concessionárias, todas foram preparadas por seus próprios donos, que estão investindo, em média, R$ 2 milhões em cada loja. Foram recebidas mais de 300 propostas, das quais 75 escolhidas para se juntarem às 45 concessionárias já existentes, totalizando as 120 lojas. Desses 120 pontos de venda, 46 venderão também modelos importados das marcas Chrysler, Dodge e Ram, as outras três que compõem o braço norte-americano do Grupo FCA.
No final do ano serão 50 lojas com todos os produtos do grupo à venda e 150 apenas com a marca Jeep. São lojas com área de vendas de 2.500 a cinco mil metros quadrados, equipe exclusiva e showroom. Estaremos em todos os estados, com maior foco na região Sudeste, explica Ferreira.
Com relação ao Polo Automotivo Jeep, em Goiana, Pernambuco, que tem investimentos de R$ 7 bilhões, a capacidade instalada é de 250 mil veículos por ano, o que ainda não acontecerá em 2015. A planta é a primeira após a fusão e já tem projeto de ampliação. Além do Renegade, outros modelos serão produzidos no local. No caso do Renegade, o produto sai da linha de montagem com 80% de itens nacionalizados, o que, diz Ferreira, tornará o veículo mais competitivo. A fábrica brasileira vai atender também o mercado latino-americano, com exportações para Argentina, Uruguai, Chile e Bolívia. Em 2014, a marca Jeep vendeu mais de 3 mil carros no Brasil, volume considerado bom entre os importados. Mas Ferreira quer mais. Em 2015, será diferente. Seremos responsáveis por pelo menos um terço do crescimento global das vendas da marca, afirma.
Brasil Econômico on-line – SP