19/03/2015 Reuters Ibovespa fechou em alta de 2,5%, a 51.526 pontos, com giro financeiro de R$ 8,3 bilhões A Bovespa subiu pelo terceiro dia consecutivo ontem, na esteira da divulgação do comunicado de política monetária do banco central norte-americano, com o mercado entendendo que o Federal Reserve (Fed) poderia postergar a alta na taxa de juros para o segundo semestre. O Ibovespa fechou em alta de 2,47%, a 51.526 pontos, perto da máxima do dia. O giro financeiro foi de R$ 8,3 bilhões. Mesmo retirando a palavra paciente do comunicado, o Fed sinalizou um cenário mais cauteloso para o crescimento econômico dos EUA, aumentando as apostas de que os juros continuarão quase zerados até o segundo semestre. O comunicado tem sinais mistos. Um pouco mais do vish com atividade econômica e um pouco mais hawkish com a retirada do termo paciente (sobre a elevação dos juros), disse Thiago Montenegro, operador da Quantitas Asset Management. A perspectiva de menor velocidade e intensidade da alta dos juros nos EUA significa maior disponibilidade de capital de risco para investimentos em mercados emergentes como o Brasil. No front corporativo, a empresa de alimentos Marfrig e a do setor imobiliário PDG Realty ficaram entre as maiores altas do Ibovespa ontem, com altas de 6,6% e 10,53%, respectivamente. Operadores apontaram o efeito de short squeeze nos papéis movimento quando uma ação sobe rapidamente com investidores que alugaram o papel para apostar em sua queda precisam comprá-lo. Papéis de bancos responderam pela principal contribuição positiva no índice, com Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil avançando com força. A alta de mais de 5% de Kroton também corroborou os ganhos do Ibovespa, em meio a expectativas para o resultado do último trimestre de 2014 da empresa de educação, previsto para antes da abertura do pregão de hoje. Já as ações da Ecorodovias tiveram a maior queda do Ibovespa, de 3,68%, após a companhia vencer a leilão de concessão da ponte Rio Niterói, com uma proposta de tarifa de pedágio 36,67% inferior à tarifa teto fixada em edital.
Brasil Econômico – SP