05/03/2015 Mas agência vê novo aumento das provisões, além dos R$ 13,6 bi feitos em 2014 As investigações de corrupção que envolvem a Petrobras e 27 empresas brasileiras de engenharia e construção não devem afetar de maneira significativa o sistema financeiro do país. A opinião é da Standard & Poor’s (S&P). A proibição, pela Petrobras, da participação das empreiteiras em novos contratos de licitação da empresa teve um papel fundamental no escrutínio do setor pelos bancos. A qualidade de crédito das empresas de engenharia e constarução alvo das investigações varia e depende significativamente da diversificação da carteira de pedidos, do histórico de conclusão de obras dentro do prazo e orçamento, da capacidade de absorção de oscilações no capital de giro, da posição de caixa, e das necessidades de refinanciamento de curto prazo, disse o diretor da área de Instituições Financeiras da S&P, Edgar Dias. Os bancos brasileiros não vão parar de emprestar para o setor de energia e construção em 2015, mas temos notado um maior controle sobre o seu processo de concessão de crédito ao setor, diz Dias, acrescentando que alguns congelaram suas linhas de crédito para os contratantes até eles têm uma imagem mais clara dos resultados potenciais das investigações. Os principais bancos nacionais continuam a oferecer linhas de crédito mas com prazos mais curtos, spreads mais elevados, volumes menores e garantias adicionais. A S&P espera que grandes bancos do país continuem aumentando seus níveis de provisionamento em 2015. A maioria deles já realizou R $ 13,6 bilhões de provisões adicionais a partir de dezembro de 2014.
Brasil Econômico – SP