02/03/2015 às 05h00
Por Vanessa Barone | Para o Valor, de São Paulo
Mais conhecida pelas bolsas e malas de viagem, a marca francesa Longchamp começa a vender sua linha de roupas femininas no país. “A intenção não é perder o foco, mas atender a outras demandas do consumidor”, diz o diretor da marca no Brasil, Filipe Tendeiro. Por enquanto, somente a loja do shopping Cidade Jardim, em São Paulo, receberá a coleção de vestuário. A grife tem outras duas lojas na capital paulista. Tendeiro afirma que a ampliação do portfólio faz parte de uma estratégia para fidelizar o consumidor. Recentemente, a marca já havia trazido a linha de sapatos femininos para a loja do shopping Cidade Jardim. “As vendas têm sido muito boas”, diz o executivo. As roupas femininas integram o mix de produtos da companhia desde 2006. A coleção que chega agora ao país, desenhada pela diretora criativa da marca, Sophie Delafontaine, tem como destaque as peças de couro colorido, de espessura fina e muito maleável. A marca vem investindo, globalmente, para construir uma imagem mais sólida e representativa no mundo da moda e não restrita apenas a acessórios. A companhia reúne cerca de 300 pontos de venda no mundo (incluindo lojas e corners em magazines e aeroportos). Com sede em Segré, na França, a Longchamp foi fundada em 1948 pela família Cassegrain que ainda está à frente do negócio. Ano passado, registrou um faturamento de 495 milhões um crescimento de 8% em relação a 2013. No Brasil, o aumento nas vendas no ano passado foi de 4%. Como ocorre em outros lugares do mundo, o carrochefe das vendas por aqui é a bolsa Le Pliage, que completou 20 anos em 2014. A Longchamp afirma que, até hoje, já foram vendidas mais de 6 milhões de unidades do modelo. Produzida com náilon em diversas cores, e podendo ser inteiramente dobrada, a Le Pliage possui versões que, aqui, começam custando R$ 350. Reinterpretações da bolsa original, no entanto, podem passar dos R$ 4 mil caso da Le Pliage Héritage, a mais recente “itbag” da marca. Os próximos passos da Longchamp no país incluem o início da operação em aeroportos e a abertura (ainda sem local ou data) de mais uma loja fora de São Paulo. No ano passado, a empresa investiu 22 milhões em um centro de logística em Segré e em um novo sistema de gestão. O objetivo é aumentar a capacidade de exportação, declarou o CEO da Longchamp, Jean Cassegrain (neto do fundador da empresa). No ano passado, a Longchamp abriu uma subsidiária na Rússia. Este ano, chegará aos mercados da Áustria, Canadá, Camboja, Peru e Paraguai.
Valor Econômico – SP