18/02/2015 MONICA CARPENTER – Diretora da Aranda Eventos Um mercado que tem mostrado rápido crescimento e desenvolvimento tecnológico intensivo é o da tecnologia de impressão 3D. Segundo a consultoria norte-americana Wohlers Associates, o mercado global de manufatura aditiva e impressoras 3D atingiu US$ 3,07 bilhões em 2013. A expectativa é que o faturamento aumente para US$ 12,8 bilhões até 2018 e ultrapasse os US$ 21 bilhões até 2020. É um mercado nascido há cerca de 30 anos, mas que tem se desenvolvido com o vencimento do período de algumas patentes. Esse mercado teve início a partir da construção de grandes máquinas, de alto custo e patenteadas, o que restringia maiores pesquisas no segmento à época. Atualmente, o setor está aberto a novos investidores e novos desenvolvedores. O resultado tem sido percebido mundialmente. A cada dia surgem tecnologias diferentes de impressoras 3D, de tamanhos diferentes e com grau de precisão de impressão variados, dependendo da aplicação a que se presta. Também surgem novos materiais para impressão como a cerâmica, que é usada na impressão de alguns motores de carros elétricos, e até mesmo materiais biológicos, aplicados na chamada bioimpressão, de pedações de órgãos e de pele. Com os novos desenvolvimentos, tanto na parte física das impressoras quanto nos softwares utilizados, os preços desses equipamentos também variam de cerca de U$$ 2.000 a U$$ 300.000, o que representa oportunidade de negócio para pequenas, médias e grandes empresas que queiram investir no segmento. Além da questão das patentes, a tendência de crescimento desse setor se dá por conta de novas demandas de mercados diferentes para esse tipo de tecnologia – da área médica, de arquitetura e construção, automotivo, indústria de máquinas e equipamentos, indústria aeroespacial, brinquedos, agricultura, moda, alimentação e tantos outros. Estima-se que hoje 95% dos objetos fabricados com essa tecnologia envolvam o mercado industrial, mas as demandas por produtos de precisão aumentam, o que gera novas oportunidades de negócio. O Brasil não está de fora desses desenvolvimentos. Temos no país grandes centros de tecnologia envolvidos com esse tipo de produto em importantes parcerias com a iniciativa privada. E no intuito de discutir e ampliar os conhecimentos desse mercado sobre as tendências mundiais, o Brasil vai sediar, em março, a Inside 3D Printing, evento já realizado em Cingapura, Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Coreia do Sul e China e que chega ao país com o que há de mais moderno no setor. O intuito é reunir empresários, investidores, pesquisadores, engenheiros, arquitetos, projetistas, profissionais e fabricantes para a disseminação de informações técnicas e de mercado, e mostrar que a oportunidade de negócios é acessível para empresários de pequenas, médias e grandes empresas. Trata-se de um mercado com um potencial de crescimento indiscutível e com um futuro promissor no Brasil. A impressora 3D, em breve, será uma ferramenta poderosa no barateamento dos custos de produção, aumentará o alcance da população a produtos antes inacessíveis em termos financeiros, além de ser um grande aliado na geração de emprego e renda. Quem ganha com isso é a economia brasileira.
Brasil Econômico – SP