A companhia, que está prestes a lançar seu Apple Watch e atingiu valor de mercado acima de US$ 700 bilhões, estaria desenvolvendo um carro sem motorista, já batizado de iCar
Gabriela Murno
gmurno@brasileconomico.com.br
A Apple não para, mesmo com o Apple Watch, seu relógio inteligente, prestes a sair do forno.
Os sinais de que a empresa estaria produzindo um carro, batizado de iCar, estão cada vez mais fortes.
Isso, porque, segundo o Business Insider, um funcionário da companhia criada por Steve Jobs teria afirmado ao site que a Apple está trabalhando em algo que vai dar um baile na Tesla, fabricante americana de carros elétricos high tech.
Uma pesquisa da Bloomberg contabilizou, inclusive, que a Apple já teria contratado ao menos 50 ex-funcionários da Tesla, sendo a maioria especialistas em mecânica e robótica, em mais um sinal de seus investimentos no segmento automotivo.
Em outro indício, na semana passada, foi noticiado em diversos veículos que uma van a serviço da Apple foi vista passeando por San Francisco, Califórnia.
Apesar do site Apple Insider negar, o veículo teria um conjunto de sensores e câmeras no teto, que poderiam sim servir apenas para mapeamento finalidade defendida pelo portal , mas também para um sistema de direção sem motorista.
O mistério continua, mas o possível projeto vai ao encontro de um antigo desejo repetido por Jobs diversas vezes, que era criar um carro high tech.
Se realmente sair do papel, o veículo abriria uma nova disputa com o Google, que já desenvolve publicamente seus carros sem motorista.
No segmento automotivo, a Apple já possui o CarPlay, uma espécie de sistema para carros que conecta seus dispositivos ao painel dos automóveis, mas o produto ainda é pouco utilizado.
A ideia inicial era que ele tivesse o uso disseminado em 2014, sendo empregado em veículos de diferentes montadoras, o que até agora não se concretizou.
Apple atinge valor de mercado de mais de US$ 700 bilhões
A Apple é a primeira empresa a valer mais de US$ 700 bilhões.
O valor de mercado foi atingido na terça-feira, quando as ações da companhia dispararam, em meio a notícias positivas sobre as vendas de smartphones e pelo lançamento em abril do seu relógio inteligente.
Os papéis da companhia subiram 1,9% chegando aos US$ 122,02, elevando o valor de mercado da empresa de Jobs a US$ 710 bilhões.
Brian White, analista da Cantor Fitzgerald, disse que a gigante de tecnologia norte-americana ainda tem espaço para crescer.
Dado o poderoso ciclo do iPhone, a força do 4G na China e o lançamento do relógio inteligente, acreditamos que ainda há muito espaço para avançar na Apple durante esse ciclo, disse a consultoria financeira em nota aos clientes.
A Apple, que já era a maior companhia de capital aberto do mundo em valor de mercado, está bem distante da segunda colocada, a petroleira Exxon Mobil, que foi cotada em cerca de US$ 382 bilhões no fechamento do mercado na terça-feira.
Investimento em energia de parque solar
A fabricante do iPhone anunciou anteontem que comprará US$ 848 milhões em energia de um novo parque solar na Califórnia.
O objetivo é reduzir sua conta de eletricidade e tornar suas unidades mais ecológicas.
A usina First Solar, com capacidade para fornecer energia para 60 mil casas, será usada para fornecer eletricidade para o novo campus da Apple no Vale do Silício e seus outros escritórios e 52 lojas na Califórnia, disse o presidente-executivo, Tim Cook, em conferência de tecnologia do Goldman Sachs em San Francisco.
A Apple segue os passos do Google, da Amazon.com, e de outras empresas que operam dados de modo intensivo e estão tentando obter mais energia de fontes renováveis.
A usina em Monterey County, na Califórnia, também fornecerá energia para um centro de dados da Apple em Newark, também na Califórnia, que já usa energia solar.
Com agências
Brasil Econômico – SP