12/02/2015 05:00
Por Rafael Bitencourt
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que o governo decidiu manter o cronograma do horário de verão, que se encerra no dia 22. Segundo ele, o ganho em economia de energia para o sistema não seria significativo para justificar a medida. De acordo com Braga, apesar de reduzir a demanda por energia para parte do país, no fim do dia, a ampliação do prazo também obrigaria uma parcela dos consumidores a usar o sistema de iluminação pela manhã, uma vez que com o fim de fevereiro, a luminosidade natural seria menor neste horário.
Braga também informou que o Ministério do Planejamento editou uma portaria que implementa um plano de eficiência energética para prédios públicos. O plano prevê a redução do consumo de energia em 30% nestas estruturas. Além disso, os equipamentos públicos deverão adotar medidas para reduzir o uso e estimular o reúso de água. Para o ministro, trata-se de uma decisão “racional” que o governo toma em um momento em que se busca o uso inteligente dos recursos. A ideia, segundo o ministro é estender a iniciativa a outros prédios não ligados ao governo e, em uma segunda etapa, também à iluminação pública.
As declarações foram dadas após reunião com Dilma Rousseff. No encontro, ficou acertado que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ajustará as regras para a geração distribuída de energia mecanismo pelo qual o consumidor gera a própria eletricidade e disponibiliza o excedente à rede de distribuição. Segundo o ministro, os ajustes na modalidade de geração resultarão em incremento de 3 mil MW ou 300 MW médios por mês para o sistema. Para Braga, a medida será importante para reduzir a demanda no horário de maior consumo. Atualmente, os consumidores que aderiram ao plano de geração distribuída utilizam o mecanismo por cerca de três horas. Com as mudanças, o prazo deve ser estendido para seis horas.
Valor Econômico – SP