06/02/2015 às 05h00
Por João José Oliveira | De São Paulo
A CVC, maior operadora de turismo da América Latina, registrou no quarto trimestre do ano passado lucro líquido de R$ 59,6 milhões, 49,6% mais em relação a igual período de 2013. Com esse resultado, a companhia acumulou em 2014 ganho de R$ 145,7 milhões, crescimento de 30,5%. O vice-presidente administrativo, de finanças e relações com investidores da empresa, Luiz Fernando Fogaça, disse que o plano para 2015 é crescer entre 12% e 13%. “As reservas confirmadas em janeiro deste ano aumentaram 12,7% para R$ 491 milhões, em relação a igual mês de 2014. E os embarques aumentaram 25,9% para R$ 714 milhões, na mesma base de comparação” , afirmou, apontando que esses resultados permitem à companhia recomendar a distribuição de R$ 97,5 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio. A receita líquida de vendas somou R$ 220,5 milhões entre outubro e dezembro de 2014, crescimento de 20,1% ante igual período de 2013. No acumulado do ano, o faturamento aumentou 11,4%, para R$ 714,5 milhões. O desempenho foi alimentado pela maior demanda. As reservas confirmadas cresceram 9,9% no quarto trimestre, para R$ 1,295 bilhão e 10,3%, para R$ 4,450 bilhões, no ano inteiro. As reservas embarcadas aumentaram em 20,9% para R$ 1,434 bilhão entre outubro e dezembro. No ano, esse indicador operacional avançou 14,2%, para R$ 4,650 bilhões. O executivo admitiu que 2014 foi atípico por causa de Copa do Mundo e eleições, que afetaram especialmente as comparações. “Mas a ‘indústria das férias’ continua funcionando mesmo em cenários desafiadores porque as pessoas precisam de descanso. Por outro lado, as companhias aéreas e redes hoteleiras precisam comercializar assentos e diárias” , afirmou. A CVC apresentou também melhoras no resultado operacional. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) atingiu R$ 117,1 milhões no quarto trimestre de 2014, aumento de 26,4% ante igual período de 2013. No ano, esse indicador subiu 21,1%, para R$ 351 milhões. A margem Ebtida do último trimestre de 2014 melhorou em 2,7 pontos percentuais, para 53,1%. “A margem Ebtida crescente mostra que o controle de despesa permitiu aumentar as vendas com mesma estrutura de custo fixo” , disse Fogaça. Em 2014, as despesas operacionais aumentaram 3,9%.
Valor Econômico – SP