23/01/2015 Reuters No Brasil, ajustes do governo e programa do BCE deram fôlego aos negócios na Bovespa O plano de flexibilização do Banco Central Europeu (BCE) contagiou as principais mercados do mundo e no Brasil. Na Europa, o principal índice europeu de ações encerrou com forte alta ontem, no maior nível desde o início de 2008. O índice FTSEurofirst 300, que reúne os principais papéis do continente, fechou com alta de 1,56%, a 1.453 pontos. No Brasil, a BM&FBovespa teve sua terceira alta consecutiva, embora tenha fechado longe da máxima da sessão, com os ganhos contidos pela queda das ações do setor de educação e pela redução da alta dos papéis da Petrobras. O Ibovespa subiu 0,44%, a 49.442 pontos, depois de ter chegado a avançar cerca de 2%, operando acima dos 50 mil pontos no melhor momento da sessão. O giro financeiro do pregão totalizou R$ 8 bilhões. A Petrobras foi a maior influência positiva do dia, fechando em alta de 4,38%. O mercado tem espaço para recuperar um pouco esperando a melhora do quadro da economia brasileira prometida pelo (ministro da Fazenda, Joaquim) Levy e com a flexibilização monetária do BCE, que se junta, no exterior, com a China acionando um pouco mais de investimento e os Estados Unidos retardando o aumento do juro, disse o sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira. A operadora Oi teve a maior valorização percentual do Ibovespa, com ganho de quase 20%, com a expectativa de aprovação da venda dos ativos portugueses da companhia à francesa Altice em assembléia geral de acionistas da Portugal Telecom SGPS. Já as ações da Estácio Participações e da Kroton, do setor educacional, corroeram ganhos do mercado, com quedas de 15,15% e 6,89%, respectivamente. As preocupações de investidores sobre as mudanças nas regras de programas voltados ao financiamento do ensino superior, importante fonte de receita de companhias, se intensificaram nesta quinta. O dólar fechou em queda de 1,23% sobre o real, a R$ 2,5745 na venda, após atingir R$ 2,5493 na mínima da sessão, com queda de mais de 2%. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,4 bilhão.
Brasil Econômico – SP