Segundo o presidente da companhia, governo deve apertar o cerco ao varejo informal
Após ver suas ações saltarem em 2014 na contramão de um ano fraco para a concorrência, a varejista de moda Lojas Renner inicia 2015 enxergando oportunidades de ocupar lacunas deixadas por concorrentes de menor porte, em um ambiente macroeconômico desafiador.
O presidente da companhia, José Galló, afirmou que o período de 2003 a 2010 foi extremamente favorável para todos, mas que a situação vem mudando em função da desaceleração da economia, fazendo os consumidores optarem por redes com fôlego financeiro, capazes de seguir apresentando novidades.
Posso ler os jornais e dizer que o ano vai ser difícil. Mas prefiro ler tudo isso e ver onde estão as oportunidades para a Renner. E uma pode ser essa, uma certa concentração e redução de operadores, disse.
Galló acrescentou que uma eventual pressão do governo federal pormaior eficiência arrecadatória, a fim de reforçar as contas públicas, pode acabar empurrando companhias informais, que respondem por cerca de 48% varejo de vestuário, segundo a consultoria McKinsey, para fora do jogo.
A gente sabe que pagar ou não pagar impostos dá uma diferença de mais ou menos 20% (nos custos).
Apesar do crédito mais caro e inflação em alta, que levaram o brasileiro a segurar os gastos e o marasmo durante a Copa, a Renner conseguiu elevar as vendas em mesmas unidades, que consideram os pontos abertos há mais de um ano, em 7,8% de janeiro a setembro de 2014.
Enquanto isso, a Cia Hering teve queda de 7% e Riachuelo e Lojas Marisa avançaram apenas 1,6% e 0,6%, respectivamente, em igual período.
Reuters
Brasil Econômico – SP