30/12/2014
Depois de descansar no litoral baiano, presidente lançou nota divulgando novos titulares da Esplanada. Com a posse marcada para quinta-feira, o Planalto tem hoje e amanhã para fechar a equipe de 39 ministros do segundo mandato
Previsto para ontem, o anúncio do último lote de ministros do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff ficou incompleto. O Planalto divulgou os nomes de mais sete ministros, mas ainda faltam 15 peças no quebra-cabeça da Esplanada.
Após passar o feriadão de Natal na Base Naval de Aratu, no litoral baiano, Dilma voltou ontem para Brasília. No início da noite, a Presidência divulgou a nova lista de indicados. Atual ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini (PT-SP) comandará as Comunicações. A mudança agrada às alas petistas que pleiteiam a regulação da mídia. Berzoini é um defensor público da proposta.
Secretário-executivo da Previdência Social, Carlos Gabas assumirá a cadeira principal do ministério. Ligado ao PT, Gabas contemplará o partido, que originalmente cobiçava reassumir o Ministério do Trabalho, pasta que deve permanecer com o PDT.
Nos Transportes, também haverá a continuidade de uma mesma sigla, o PR. Mas Antonio Carlos Rodrigues assumirá a vaga no lugar de Paulo Sérgio Passos.
Um dos líderes petistas mais próximos de Dilma na campanha, Miguel Rossetto (PT-RS) foi confirmado na Secretaria-Geral. O anúncio de outro petista, Pepe Vargas (RS), para as Relações Institucionais, demonstra que a presidente resolveu enfrentar a insatisfação da principal tendência da legenda, a Construindo um Novo Brasil (CNB). Nos bastidores, líderes da CNB se queixam da perda de espaço para a Democracia Socialista (DS), ala de Pepe e de Rossetto.
Na última terça-feira, Dilma anunciou 13 nomes, como o do petista Jacques Wagner no Ministério da Defesa, além de integrantes do PMDB e de legendas aliadas como PCdoB. Os futuros ministros da Fazenda, Joaquim Levy, do Planejamento, Nelson Barbosa, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, foram anunciados no final de novembro e vão substituir os ministros Guido Mantega, Miriam Belchior e Mauro Borges. Alexandre Tombini permanecerá na presidência do Banco Central.
Diário Catarinense – SC