Uma loja estimulante, que investe na interação com seus clientes para proporcionar experiências personalizadas. Fugindo do padrão do setor, o ponto de venda conta com diversos ambientes (como uma espécie de bar, mesas para reuniões), espaço Kids e, principalmente, a possibilidade de imersão nos destinos desejados, por meio de tablets e mesas interativas.
A primeira loja da ADDIN Viagens, localizada no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, impressiona por fugir do padrão do segmento de turismo e agregar emoção a uma compra que tem muito de sonho, mas vinha sendo tratada de forma bastante racional. Não à toa, o ponto de venda foi o grande vencedor do Prêmio Design de Varejo 2014, realizado pelo Retail Design Institute (RDI).
O projeto, desenvolvido pela FAL Design Estratégico como um espaço que alia tecnologia e personalização, tem o DNA do cliente. “O papel da inovação é muito forte em nossa empresa”, comenta Carlos Eduardo Bueno, sócio-diretor da ADDIN. “Para nós, é uma honra sermos reconhecidos como um projeto inovador e disruptivo”.
Segundo Bueno, a marca tem como foco o atendimento consultivo, algo que ainda não é tão intenso no setor de turismo. “O varejo inteiro está indo para o lado da customização, mas nosso segmento não tem acompanhado. Buscamos então criar uma experiência diferenciada e inovadora, que entendesse o cliente antes de propor uma viagem para ele”, explica.
Ao resgatar o papel do agente de viagem, um profissional de perfil consultivo, a ADDIN procurou atualizar esse conceito, agregando tecnologia em um ambiente que deixasse o cliente à vontade. “O atendimento começa em grandes mesas interativas, em que o cliente pode escolher destinos, comparar opções e tomar uma decisão com base em mais informações”, diz Bueno. “Como 60% da busca por informações sobre destinos são feitas em smartphones e tablets, nada mais natural que trazê-los para o ambiente da loja”, completa.
Planos ambiciosos
Impulsionado pelo aumento da renda da população e pelo maior acesso a produtos e serviços, o mercado de turismo no Brasil passa por um período de crescimento. Segundo dados do Euromonitor, até 2017 o faturamento do varejo do mercado de turismo no Brasil deve atingir R$ 56 bilhões. Em 2012, este número era de R$ 39 bilhões. Trata-se de um mercado pulverizado, com 81% das vendas em pequenas redes e agentes de viagem.
Com base principalmente na conversão de lojistas independentes, a ADDIN pretende abrir 300 pontos de venda até 2018, movimentando R$ 3,8 bilhões até 2018. Com investimentos iniciais previstos em R$ 31 milhões, em um primeiro momento os recursos serão direcionados às lojas próprias, desenvolvimento da plataforma tecnológica e, posteriormente, à conversão de agências independentes.
“Estamos em negociação para abertura de algumas lojas e em 2015 queremos converter 15 pontos de venda”, projeta Bueno, que pretende investir de 15% a 20% dos R$ 31 milhões iniciais para financiar a reforma das agências de viagens independentes para o padrão ADDIN. “Daremos a eles um norte em termos de estratégia, aliado a todo o investimento em marca, marketing, inovação e tecnologia, complementando a experiência de mercado que eles já possuem”, conclui.
Revista No Varejo on-line – SP