09/12/2014 às 05h00
Por Adriana Mattos | De São Paulo
A Brasil Foodservice Group (BFG), que tenta entrar em nova fase de investimentos após crise financeira enfrentada na rede Porcão, aprovou ontem em assembleia geral extraordinária uma série de mudanças. Sócios da holding das redes de restaurante Porcão e Garcia & Rodrigues aprovaram alterar a sede social do Rio de Janeiro para a região do Jardim Paulista, em São Paulo. Ainda mudaram o nome da companhia de Brasil Foodservice Group para Brazal – Brasil Alimentos.
Os acionistas Brasil Private Equity Group e o Fundo de Investimento em Participações NSG BI foram favoráveis às alterações. Esse último é gerido pela NSG Capital Asset Management e tem 35,6% do capital total, segundo informação prestada à bolsa. Mas o Fundo de Investimento Multimercado FP 1 Longo Prazo, também gerido pela NSG, foi contrário à mudança na denominação social e na sede da empresa. Procuradas, a empresa e a NSG não retornaram os contatos.
Há mudanças significativas relacionadas à administração e ao conselho da empresa. Foi aprovada a alteração da composição do colegiado para, no mínimo, cinco e, no máximo, 15 membros, eleitos em assembleia. Ontem, acionistas já aprovaram a eleição do conselho para os próximos dois anos, com nove cadeiras. Atualmente, o conselho conta, no mínimo, com cinco e, no máximo, sete membros, ou seja, dobra o total máximo permitido. O mandato passa de um para dois anos.
Na direção, a composição passará de quatro a até nove executivos, para um número que pode atingir até 15 executivos na direção (e no mínimo três).
O último relatório de resultados da empresa enviado à Comissão de Valores Mobiliários é de setembro de 2013 (ou seja, atraso de um ano), quando a empresa citava um pacote de reorganização dos negócios do grupo, com prejuízo trimestral de R$ 32,5 milhões e receita de R$ 40 milhões.
A companhia ainda aprovou ontem alteração e criação de novos cargos na diretoria, definição de responsabilidades e alteração dos poderes da diretoria. A empresa informa cada cargo da diretoria e suas atribuições, mas não relata, na ata da assembleia, as mudanças nos poderes dos executivos em relação ao formato anterior. A companhia ainda poderá ter um conselho fiscal, com três membros, a pedido dos acionistas que representarem, no mínimo, um décimo das ações com direito a voto.
Valor Econômico – SP