Bolsa de NY tem novo recorde; no Brasil, Ibovespa sobe 1,37% e dólar cai a R$ 2,553
DA REUTERS
As empresas americanas do setor privado mantiveram o nível elevado de contratações em novembro, especialmente as do setor de serviços, sugerindo que a desaceleração da economia mundial está tendo um impacto limitado no mercado interno dos EUA.
A perspectiva levou as Bolsas americanas a novos recordes e impulsionou os principais mercados globais.
O indicador de atividade econômica no setor de serviços dos EUA, medida pelo ISM (Instituto dos Gerentes de Fornecedores), subiu 57,1 pontos em outubro para 59,3 em novembro. Indicadores acima de 50 pontos representam expansão. Foi a maior pontuação desde agosto.
Segundo o ISM, o dado reduziu o impacto das exportações fracas para China, zona euro e Japão.
A resiliência da economia americana também foi atestada nesta quarta (3) pelo chamado Livro Bege, do Federal Reserve. Segundo o Fed, a atividade econômica continuou em expansão em outubro e novembro devido ao preço baixo da gasolina, que estimulou o consumidor americano a comprar mais nas últimas semanas.
As empresas privadas abriram 208 mil vagas no mês passado, após adicionarem 233 mil postos de trabalho em outubro, segundo a ADP, empresa processadora de folhas de pagamentos. Com isso, as contratações têm se mantido acima de 200 mil em 7 dos últimos 8 meses.
O relatório da ADP, que tem análise da agência de classificação de risco Moody’s, saiu nesta quarta-feira (3), dois dias antes da divulgação do dado oficial de novembro, nesta sexta (5). A expectativa é que o governo registre a criação de mais de 200 mil postos de trabalho.
Apesar de os indicadores de atividade serem considerados positivos, o fortalecimento do mercado de trabalho tem como efeito um crescimento preocupante dos salários, o que poderia levar o Federal Reserve (banco central dos EUA) a reavaliar a perspectiva de manutenção dos juros inalterados no país.
O mercado espera que o Fed inicie o ciclo de aumento nos juros apenas em meados do anoque vem.
MERCADOS
O noticiário levou o dólar à maior cotação em 27 meses contra o euro, com os investidores apostando no aumento da circulação de moeda na região. O euro foi negociado a US$ 1,2301, queda de 0,69%.
Na Bolsa de Nova York, os índices Dow Jones e o mais amplo S&P 500 fecharam em patamares recordes, após altas de 0,18% e 0,38% no dia, respectivamente.
No Brasil, a Bolsa teve alta de 1,37% no Ibovespa, que subiu para 52.320 pontos. As ações PN (sem voto) da Petrobras subiram 4,95%. O dólar à vista, referência do mercado financeiro, cedeu 0,84% para R$ 2,553. O dólar comercial cai 0,66% para R$ 2,557.
Folha de S. Paulo – SP